Mulheres assumem papéis estratégicos e promovem diversidade, mas desafios como disparidade salarial ainda persistem
Um ambiente de trabalho onde a criatividade flui, as decisões são tomadas com empatia e os resultados financeiros andam de mãos dadas com o bem-estar das pessoas. O que antes poderia parecer um cenário utópico hoje é reflexo direto da liderança feminina em ação. Cada vez mais, mulheres estão ocupando cargos estratégicos e redefinindo a forma como as empresas operam, trazendo inovação e diversidade para o centro das discussões. No entanto, por trás desse avanço, ainda há desafios, como a disparidade salarial e a falta de representatividade em posições executivas.
Segundo o relatório “Women in the Workplace 2023”, realizado pela McKinsey & Company em parceria com a organização Lean In, empresas com maior diversidade de gênero em cargos de liderança têm 25% mais chances de obter lucratividade acima da média. O estudo também destacou que a presença feminina está diretamente ligada à tomada de decisões mais eficazes e à criação de culturas organizacionais mais inclusivas.
Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas referência nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia, é prova de que profissionais do sexo feminino em cargos de gestão dá resultados. Ela ressalta a importância da liderança feminina para o sucesso dos negócios. “As mulheres trazem uma visão única para a gestão, equilibrando resultados financeiros com a atenção às pessoas. Essa capacidade de enxergar além dos números é um diferencial competitivo que muitas empresas ainda não exploram plenamente”, explica.
Desafios estruturais e caminhos para a equidade
Apesar dos progressos, as mulheres ainda enfrentam barreiras no ambiente corporativo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em média, as mulheres ganham 20% a menos que os homens, mesmo ocupando funções semelhantes. Além disso, a dupla jornada de trabalho, que inclui tarefas domésticas e cuidados com a família, continua sendo um obstáculo para muitas profissionais dedicarem mais tempo à carreira.
Essas mesmas famílias seriam indiretamente beneficiadas caso mais mulheres estivessem em cargos de liderança. Isso porque no Brasil, 49,1% dos lares são chefiados por elas, o que representa cerca de 36 milhões de famílias, segundo o Censo de 2022 do IBGE. Esse número cresceu significativamente desde 2010, quando era de 38,7%, e já supera os 50% em estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia. Esse cenário mostra que, ao promover mulheres, as empresas incentivam a equidade e também impactam a estabilidade de milhões de famílias que dependem delas para o sustento e a organização do lar.
Para Carla Martins, a solução passa por uma mudança cultural e por políticas concretas dentro das organizações. “É essencial criar programas de mentoria e capacitação que preparem as mulheres para assumir posições de liderança. Além disso, a flexibilidade de horários e a promoção de uma cultura de inclusão são fundamentais para garantir que elas tenham oportunidades reais de crescimento”, pontua.
Ações práticas para fortalecer o protagonismo feminino
As mulheres ainda enfrentam estereótipos que questionam sua capacidade de liderança e decisão, como a ideia de que não são boas com números, que tomam decisões baseadas na emoção e não na lógica ou que evitam confrontos por serem excessivamente sentimentais. Esses preconceitos persistem mesmo diante de estudos que mostram que as mulheres desempenham papéis estratégicos com alto nível de competência em finanças, tecnologia e gestão. Além disso, a cobrança por demonstrar firmeza sem parecer “agressiva” cria um desafio adicional, reforçando barreiras invisíveis que dificultam a ascensão profissional.
Mas isso tem tudo para mudar. As empresas que investem em diversidade de gênero estão adotando medidas concretas para promover a equidade. Programas de mentoria, que conectam mulheres em diferentes estágios da carreira, têm se mostrado boas soluções na criação de redes de apoio e na troca de experiências. Outra iniciativa relevante é a formação de comitês de diversidade, que garantem a participação feminina em decisões estratégicas e a implementação de políticas inclusivas.
Carla Martins reforça que o protagonismo feminino deve ser uma prioridade para as organizações. “Quando as mulheres ocupam cargos de liderança, elas transformam as empresas e ainda inspiram outras mulheres a seguirem o mesmo caminho. É um ciclo virtuoso que gera impacto positivo em toda a sociedade”, finaliza.
A liderança feminina deixou de ser uma questão de equidade para se tornar uma estratégia inteligente para os negócios. À medida que mais mulheres assumem papéis estratégicos, o mercado corporativo se torna mais diverso, inovador e preparado para os desafios do futuro.
Sobre Carla Martins

Carla Martins é vice-presidente do SERAC. Atende grandes empresários e personalidades da mídia, direcionando o crescimento sustentável de diversos negócios. Possui qualificação e acredita muito no poder de gestão de negócios e no empreendedorismo feminino.
Como Vice-Presidente do SERAC busca direcionar novos empresários a alcançarem o próximo nível com soluções contábeis, jurídicas e de gestão, impactando positivamente vidas de clientes, parceiros, colaboradores, amigos e familiares. Carla é contabilista formada em Marketing pela ESPM e pós graduada em Big Data e Marketing. @soucarlamartins
Sobre o SERAC:
O SERAC é um hub de soluções corporativas, sendo referência nas áreas contábil, jurídica, educacional e de tecnologia. Com quase 300 colaboradores atendemos mais de 3.000 clientes recorrentes presentes em 20 estados brasileiros, independentemente do porte ou opção tributária.
Entre seus clientes estão grandes marcas como XP Investimentos, G4 Educação, Óticas Diniz, Mundial Calçados e, também, empresários e personalidades da mídia, como Flávio Augusto, Thiago Nigro e Joel Jota, contando com equipe especializada no mercado digital. Instagram: @sou_serac ou pelo site souserac.com
Carolina Lara