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O dia em que o Hospital de Alfredo Wagner ficou lotado!

A cidade de Alfredo Wagner tem, como porto seguro para a saúde de sua população, um hospital mantido pela Fundação Médico Assistencial ao Trabalhador Rural. Fundado na década de 1950, originalmente sob o nome de Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a instituição passou por muitas crises e desafios ao longo dos anos. Somente em 2008 foi criada a fundação que oficializou a mudança de nome, mas o compromisso com a comunidade permaneceu o mesmo.

Em tempos difíceis, quando o apoio político e financeiro era escasso, o hospital sobreviveu graças ao esforço incansável de amigos, médicos, voluntários e da própria população alfredense. Atualmente, com o suporte da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores, a instituição segue firme em sua missão de salvar vidas, atendendo a milhares de pessoas ao longo dos anos.

Essa história de resistência e superação é bem conhecida pelos moradores. No entanto, há um episódio em particular que poucos conhecem e os protagonistas talvez nem se lembram mais e que merece ser contado.

Era um dia muito quente, após uma festa do interior que reuniu grande parte da população, quando algo inesperado aconteceu. O hospital, acostumado a atender um fluxo moderado de pacientes, de repente viu suas portas se abrirem para uma multidão. Ambulâncias chegavam uma após a outra, carros particulares traziam pessoas em busca de socorro, e a equipe médica se viu diante de um desafio sem precedentes.

Tudo começou com um surto de intoxicação alimentar, ocorrido por volta de 1988 ou 1989. O pequeno hospital, com sua estrutura limitada, precisou se reinventar para dar conta da demanda. Sem macas para todos, muitos pacientes tiveram que ser acomodados no chão em leitos improvisados. Macas foram improvisadas, profissionais trabalharam sem descanso, e a solidariedade da comunidade se mostrou essencial para garantir que todos recebessem o atendimento necessário.

Naquele dia, médicos e enfermeiros superaram seus próprios limites. Voluntários surgiram para auxiliar no que fosse preciso, desde a distribuição de água até a organização dos pacientes. Foi um verdadeiro exemplo de união e dedicação.

Quem relembra o fato é Bertolina Maffei, que na época era cozinheira no hospital. Ela destaca como a solidariedade, a ajuda mútua e a compreensão entre todos foram fundamentais para enfrentar a crise.

Ao final, felizmente, todos foram atendidos e se recuperaram. O hospital provou mais uma vez sua importância para Alfredo Wagner e o quanto a cidade pode contar com ele nos momentos mais críticos.

Este episódio, embora marcante, é apenas um dos muitos que mostram o quanto o Hospital de Alfredo Wagner é essencial para a comunidade. Entre dificuldades e conquistas, sua história continua a ser escrita com esforço, carinho e, acima de tudo, um compromisso inabalável com a vida.