Na última semana, a sessão da Câmara Municipal de Alfredo Wagner foi palco de intensos debates devido à aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 01/2025, que trata do reajuste salarial dos servidores comissionados da Prefeitura. O projeto, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado por uma margem apertada de cinco votos a quatro e provocou reações diversas entre vereadores e a população local, levando a discussões acaloradas nas redes sociais.

Os principais pontos do projeto
O PL Complementar nº 01/2025 estabelece duas principais alterações no funcionalismo municipal:
- Aumento para Gerentes de Secretarias: O salário dos servidores ocupantes desse cargo, antes fixado em R$ 2.360,97, passa agora para R$ 3.360,00. Atualmente, dezenove pessoas ocupam essa função, das quais quinze são comissionadas.
- Criação de Novos Cargos de Diretor: Foram criadas diversas novas funções, como Diretor de Tributos, Infraestrutura, Planejamento, Obras, Transportes, Cultura, Turismo e Esportes, todas com remuneração de R$ 3.621,57 mensais.
A divisão de opiniões
Os vereadores que votaram contra o projeto – Anderson Luiz Martini (Titicha), Anaor Vitor (Tutuca), Evelise Althoff Heiderscheidt (Lita) e Moacir Hames – justificaram sua posição afirmando que o momento não era oportuno para tal reajuste. Para eles, a prioridade deveria ser a revisão do plano de carreira dos servidores efetivos, que há anos sofrem com uma defasagem salarial.
“Temos servidores que, ao se aposentarem, recebem pouco mais que um salário mínimo devido à baixa base salarial”, argumentaram os parlamentares contrários ao projeto.
Por outro lado, os vereadores favoráveis ao PL defenderam que os reajustes eram necessários para adequação salarial e para garantir maior organização da administração municipal.
Repercussão na sociedade
O tema logo ganhou espaço nas redes sociais, com muitos cidadãos questionando a urgência desse aumento para cargos comissionados enquanto servidores concursados continuam enfrentando baixos salários. A discussão polarizou a opinião pública, com alguns defendendo a necessidade de melhores salários para a gestão municipal e outros apontando uma possível injustiça com os servidores efetivos.
A aprovação desse projeto levanta questionamentos sobre a prioridade das políticas públicas locais e a necessidade de um debate mais amplo sobre a valorização de todos os servidores municipais.
E você, leitor, o que pensa sobre essa decisão? Acha que o reajuste foi justo ou que deveria ter sido priorizada a revisão dos salários dos servidores efetivos? Deixe seu comentário e participe do debate!