Trabalhar com a recuperação de fotos antigas é uma experiência gratificante.
Recentemente, um amigo me procurou para transferir para DVD uma fita de videocassete contendo a gravação do Baile de Debutantes do ano 2000. Durante a conversa, ele mencionou ter encontrado alguns slides antigos, possivelmente da década de 1960:
— Tenho uns slides antigos — disse ele. — Devem ser da década de 60. Você consegue recuperá-los? Achei esses slides jogados em uma caixa que ia para o lixo.
Como gosto de desafios, aceitei a proposta, mas sem prometer nada. Ao analisar o material em casa, percebi que o tempo havia deixado suas marcas: as imagens estavam amareladas e cobertas de mofo.
Pesquisando na internet, encontrei um método simples e acessível para remover o mofo e, em seguida, escolhi uma técnica adequada para a digitalização. Conforme o processo avançava, os registros fotográficos começaram a revelar uma Alfredo Wagner de outros tempos. Imagens da praça central e do pequeno centro da cidade emergiam, resgatando memórias que apenas os mais velhos poderiam reconhecer. A atmosfera tranquila e pacata da época parecia transbordar das fotografias.
A satisfação ao ver essas imagens restauradas foi tão grande que decidi compartilhar essa experiência aqui no jornal. E mais do que isso: faço um convite a todos que possuam slides antigos ou filmes em 8mm. Se você tem esse tipo de material guardado, entre em contato comigo — seja na Prefeitura, em casa ou até mesmo na praça — para avaliarmos a possibilidade de restauração e impressão das imagens.
O passado construiu o presente e pode orientar o futuro. Resgatar esses registros não é apenas um exercício de nostalgia, mas uma forma de preservar a história e a cultura de nosso povo.



