Giovana Penatti 04/06/2014 às 18h49
Na semana passada, na cidade de Ilhota, em Santa Catarina, um garoto de 9 anos foi sequestrado. Após cinco dias nas mãos dos sequestradores, ele foi resgatado ontem pela polícia e o mentor do crime, Peterson da Silva Machado, foi preso. Na delegacia, ele deu detalhes de como o plano foi arquitetado, e a principal ferramenta é uma que todos utilizamos diariamente: o Facebook.
Peterson disse que sabia sobre a rotina do garoto e da família por causa de suas postagens na rede social. Foram 10 dias estudando o perfil do menino, onde ele descobriu a escola em que estudava e o que seu pai fazia. “Lá tem tudo da vida deles, tem até foto de dentro da casa família”, explicou o sequestrador.
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Esse não é o primeiro caso que ouvimos falar de criminosos se aproveitando das informações que inocentemente compartilhamos nas redes sociais (e isso tampouco se restringe ao nosso país).
É tão fácil obter informações sobre sua vida “real” – tipo o lugar onde você mora, os lugares que frequenta, os horários em que não está em casa – que, há alguns anos, o site Please Rob Me foi criado para mostrar o tamanho do perigo: se apropriando de informações do Foursquare e do Twitter, ele conseguia dizer se você estava em casa ou não. E, nesse caso, se trata de um robozinho fazendo isso; imagine alguém intencionalmente querendo descobrir.
Talvez não seja o caso de sair de todas as redes sociais imediatamente, mesmo porque hoje as utilizamos até como meio de comunicação. Mas vale dar aquela repensada se é realmente necessário compartilhar todos os seus passos com todo mundo; restringir a visualização de suas postagens somente aos amigos é uma medida simples e que pode ajudar na sua segurança.
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