HÁ 55 ANOS MARIA AMIDA, INDEFESA, MORRIA ASSASSINADA. HOJE, COM FAMA DE SANTIDADE, SEU TÚMULO ATRAI DEVOTOS EM BUSCA DE SUA INTERCESSÃO
Por Toni Jochem
Era novembro de 1961. Dia 25, sexta-feira. Faz 55 anos. Naquela noite foi cruelmente assassinada a golpes de machado a jovem Maria Amida Kammers, ao que tudo indica, por não ceder aos desejos sexuais de seu(s) agressor(es). Maria Amida tinha 20 anos e dez meses de idade, era natural de São Pedro de Alcântara-SC mas seus pais Bruno Kammers e Maria Rengel haviam se mudado para a localidade de Rio Acima, em Taquaras, hoje pertencente ao município de Rancho Queimado, em Santa Catarina.
Descendente de imigrantes luxemburgueses, oriundos de Putscheid (distrito de Diekirch, cantão de Vianden), que haviam se estabelecidos na Quarta Linha, na Colônia Alemã Santa Isabel, em 1861. Maria Amida era muito religiosa, virtuosa, observadora dos preceitos religiosos, grande admiradora e devota da Virgem Maria e de Santa Inês. Participava assiduamente da associação de moças católicas denominada “Pia União das Filhas de Maria” na Igreja Matriz dedicada a Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz-SC, cidade em que morava e foi tragicamente assassinada. Teria morrido defendendo firmemente sua castidade, tal como Albertina Berkenbrock, no Brasil; Maria Goretti, na Itália; Josefina Vilaseca, na Espanha, Maria Grimm, na Alemanha; e Hortência López Gómez, no México; além de muitas outras…
O Pe. Frei Fidêncio Feldmann-OFM, Pároco local, foi um dos primeiros a ser chamado a testemunhar a triste ocorrência. Sobre o que viu o citado Pároco literalmente escreveu: “Houve indícios de violação, mas ela morreu virgem. Mártir da virgindade? Deus o sabe” (Livro de Crônicas 1900-1969, p.157).
O crime que tirou a vida de Maria Amida chocou a região inteira pela crueldade com que foi praticado causando indignação geral. Diante de grande multidão consternada, seu sepultamento foi realizado na manhã do dia seguinte ao crime, no cemitério da Igreja dedicada a São Bonifácio, em Taquaras. Lá, uma simples sepultura, aberta em terra nua, recebeu o corpo desfigurado pela violência que lhe ceifou a vida.
Considerada por muitos como “Mártir da Castidade”, com o passar das décadas são muitas as pessoas que afirmam terem recebido graças e favores por intercessão de Maria Amida. Essas histórias de fé representadas nas inúmeras placas de agradecimentos são silenciosamente colocadas sobre a fria lápide de sua sepultura. Interessante observar que a crescente devoção a Maria Amida, ganha sempre mais consistência, se materializa e dá visibilidade considerando a existência de diversas placas, ex-votos, que os fiéis sobre o seu túmulo depositam em sinal de agradecimento pelas graças alcançadas por seu intermédio.
Maria Amida, assim como Santa Inês, é um exemplo de jovem virtuosa que “abraçou a morte” para não ter sua pureza maculada. Deu sua vida pelo que acreditava. Viveu seu batismo e, sobretudo, testemunhou sua fé.
MARIA AMIDA INTERCEDEI POR NÓS!
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E hoje, 25.11, faz 55 anos desse triste episódio. Maria Amida, assim como Santa Inês, é um exemplo de jovem virtuosa que “abraçou a morte” para não ter sua pureza maculada. Deu sua vida pelo que acreditava. Viveu seu batismo e, sobretudo, testemunhou sua fé.