Posted: 09 Aug 2018 11:35 AM PDT
Com a proximidade das eleições no Brasil, o Facebook vem adotando medidas para tratar com mais transparência as campanhas políticas divulgadas na rede social. Nesta quinta-feira (9), a companhia anunciou uma delas: vai marcar conteúdo político patrocinado e indicar quem está pagando por ele.
Mais precisamente, os anúncios com temática política deverão ter uma marcação na parte superior com os dizeres “Pago por” seguido do nome da entidade ou pessoa física responsável por promover aquele conteúdo na rede social.
Tem mais: se os anúncios forem marcados especificamente como eleitorais — fazem campanha direta para um candidato, por exemplo —, eles receberão a identificação “Propaganda Eleitoral”. O CPF ou CNPJ do responsável por promover anúncios desse tipo será informado junto à marcação.
Para veicular anúncios eleitorais na rede social, partidos políticos e candidatos deverão se registrar no Facebook e submeter documentos como número de CPF / CNPJ e comprovante de endereço para validação cadastral. Somente depois disso é que as campanhas serão liberadas.
Os anúncios autorizados começarão a ser veiculados em 16 de agosto. O Facebook disponibilizou esta página para registro e mais informações. A companhia também promete liberar uma “biblioteca de anúncios” que indicará gastos aproximados com propagandas eleitorais, o público-alvo destas e outras informações relacionadas.
De acordo com o Facebook, o Brasil é o segundo país em que a rede social passa a sinalizar anúncios com fins políticos. O principal objetivo com as medidas de transparência é tornar o serviço um ambiente menos tóxico, por assim dizer, durante o período de campanha eleitoral.
Mas não é só por isso que as medidas foram criadas: elas estão conciliadas com um conjunto de regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Presumivelmente, as medidas também deverão ajudar o Facebook a evitar escândalos similares ao da Cambridge Analytica.
Vale relembrar que combater fake news faz parte desses esforços. Recentemente, o Facebook removeu da rede social 196 páginas e 87 perfis brasileiros acusados de disseminar notícias falsas.
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