A hastag cancela2019 está bombando na internet, especialmente após o acidente que levou a morte a Ricardo Boechat.
Ricardo, Flamengo, Brumadinho, Museu Nacional etc… fatalidades que marcaram o início do ano e que prometem não parar pois a causa principal não será corrigida.
Fatalidade, Mauro, não tinha como ser prevista! – dirá um fatalista.
Tudo pode ser previsto, ou quase tudo…
Se dois jovens, entre amassos e beijos, chegam as vias de fato e as condições são favoráveis, virá a gravidez.
Se um motorista dirige em velocidade incompatível por uma estrada sinuosa e movimentada, virá o acidente se as condições favorecerem o mesmo.
Se uma barragem que deveria receber rejeitos e passa a receber mais água que detrito, e as condições de segurança da mesma não são observadas, o acidente acontecerá.
Se garotos são confinados em contêineres sem saída de emergência, com instalação elétrica inapropriada e material combustível abundante, o acidente virá.
Mais dia, menos dia, o acidente virá. E quem paga? Muitas e muitas vezes o inocente que não tem noção do perigo em que está inserido.
Hoje a prevenção é um assunto relegado ao descaso. Prever e se preparar para o pior permite viver mais e melhor.
Então, em vez de #cancela2019, deveria ser #previsão2019, #precaução2019, etc.
Como diz a fábula, não adianta chorar sobre o leite derramado e se assustar com um ano cheio de acidentes! O que foi feito em 2018 para evitar estes acidentes?
Então, vamos nos preparar para que 2020 não seja pior?