Quem poderia imaginar que uma bengala poderia ser o pivô de um governo que tenta se sustentar, mas enfrenta dificuldades políticas para isso?
Pois é, a famosa PEC da bengala está no centro de algo que poderá mudar de vez o panorama judiciário brasileiro e com ele o panorama político.
Todos sabemos que não existe independência dos três poderes no Brasil há muito tempo. Provavelmente, desde 1889, Executivo, Legislativo e Judiciário costumam interferir na esfera de um e outro, de modo tênue, discreto, mas que qualquer bom observador nota de forma nítida.
Um poder procura se sobrepor ao outro, influenciando, forçando, manipulando e colaborando. O objetivo, entretanto é apenas um: levar o País para a esquerda.
Agora, algo aconteceu: um governo que se contrapõe à esquerda assume o poder no Executivo, com alguns auxiliares no Legislativo, mas sem força alguma no Judiciário.
A esquerda, atenta a tudo quanto diz respeito a execução de seu plano de esquerdizar o Brasil, já vislumbra um meio de barrar a ação do Executivo: tirar dele a possibilidade de ter alguma influência sobre o Judiciário. Vai daí que já se comenta que a PEC da bengala será alterada para a aposentadoria compulsória aos 80 anos e não mais aos 75 como prescreve a alteração da Constituição feita em 2005.
Bolsonaro, por outro lado, já pensando em como compensar esta situação, pretende aumentar os membros do Supremo Tribunal Federal de 11 para 21 juízes e mais recentemente, fala-se em baixar a idade para a aposentadoria aos 70 anos, o que lhe daria 4 vagas na composição atual do STF.
Uma bengala poderá ser a tábua de salvação de um governo que luta de todos os modos para conseguir navegar neste mar revolto que se chama política brasileira. Talvez, se ele tivesse aproveitados os 30 anos de deputado para aprender como se faz, teria mais habilidade hoje.
Foi um tempo perdido que ele, com certeza, se lamenta hoje e implora aos céus que uma bengala o salve!
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