VEJA apresenta os cinco momentos marcantes do Flamengo na Libertadores – Revezes e indecisões superados que levaram a vitória – Relembre os principais feitos da equipe no caminho ao título da Libertadores
1) O sufoco na primeira fase e a classificação no primeiro lugar do grupo
O Flamengo começou bem. Com o técnico Abel Braga no banco de reservas durante toda a primeira fase da Libertadores, estreou contra o San José na altitude de Oruro, na Bolívia, graças a gol único de Gabigol. O caminho, porém, foi problemático. A equipe perdeu para o Peñarol no Maracanã – com direito a expulsão do artilheiro flamenguista – e foi derrotado pela LDU em Quito, no Equador.
Com a soma dos resultados, o Flamengo chegou a última rodada, em jogo contra o Peñarol, no Uruguai, precisando de um empate para garantir a classificação para a segunda fase. O rubro-negro jogou bem, mas não conseguiu marcar gols. No final, o 0 a 0 colocou o Fla na liderança do grupo, a LDU em segundo e o Peñarol, eliminado, em terceiro. As três equipes somaram 10 pontos no grupo D da Libertadores.
2) Estreia de Jesus com derrota no Equador e risco de eliminação
O Flamengo voltou a sofrer na Libertadores na fase de oitavas de final. Nada deu certo para a equipe no primeiro jogo de Jorge Jesus na competição e a equipe acabou derrotada por 2 a 0 para o Emelec, no Equador, com gols de Caicedo e Godoy. O técnico português havia acabado de chegar e foi muito criticado por suas escolhas – algo impensado atualmente.
Jesus escalou o lateral-direito Rafinha como atacante pela direita e o jogador não se encontrou. Para piorar, fez as três substituições cedo demais e perdeu Diego com uma fratura no tornozelo esquerdo aos 25 minutos do segundo tempo – ficou com 10 homens assim como o Emelec, que teve Vega expulso 17 minutos antes. O Flamengo precisaria ganhar por três gols no Rio de Janeiro para se classificar ou fazer 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis.
3) Classificação no Maracanã nos pênaltis e início da arrancada
O fantasma das eliminações precoces assombrava o Flamengo mais uma vez. Desde 2010, o clube havia participado quatro vezes da Libertadores e nunca tinha conseguido passar pelas semifinais. Mas neste ano a história seria diferente. Com Gabigol inspirado, o time brasileiro conseguiu fazer o suficiente para levar a disputa para os pênaltis. Venceu por 2 a 0 com dois gols de seu artilheiro.
Nas penalidades, brilhou a estrela de Diego Alves. O goleiro havia sido vaiado pela torcida no final de semana após sofrer um gol de falta de Diego Souza, do Botafogo, mas deu a volta por cima defendendo a cobrança de Arroyo. Queiróz colocou o quarto pênalti dos equatorianos na trave e o Flamengo venceu a disputa por 4 a 2.
4) A volta à semifinal depois de 35 anos
O rival na fase seguinte era brasileiro: Flamengo x Internacional. Um Maracanã lotado por 66.366 pagantes assistiu a um primeiro tempo sem gols. Mas Bruno Henrique, atacante que havia acabado de ser convocado por Tite para defender a seleção brasileira, decidiu a partida para o lado carioca. Dois gols e vantagem garantida para a volta no Beira-Rio.
O jogo em Porto Alegre teve um roteiro parecido na primeira parte. O Flamengo comandando as ações, mas nenhuma bola na rede para nenhum dos dois lados. O Inter conseguiu melhorar depois do intervalo e colocou emoção no duelo com o gol de Rodrigo Lindoso. Acuado, o time de Jorge Jesus só conseguiu empatar após um contra-ataque rápido de Bruno Henrique, que serviu Gabigol, livre, para empatar e colocar a equipe de volta à semifinal depois de 35 anos.
5) “Cincun!” A goleada sobre o Grêmio
O ápice da campanha aconteceu na última partida do Flamengo na Libertadores. Após o empate por 1 a 1 em Porto Alegre, os cariocas não tomaram conhecimento do Grêmio no jogo de volta no Maracanã. Com gols dos zagueiros Rodrigo Caio e Pablo Marí e dos atacantes Bruno Henrique e Gabigol (duas vezes), o rubro-negro anotou um inapelável 5 a 0 para se juntar ao River Plate na final da competição.
A torcida flamenguista, como não podia deixar de ser, abusou dos memes e relembrou de uma entrevista do técnico Jorge Jesus reclamando do número de pancadas que o time sofria. O português disse na ocasião que “cincun” era demais, referindo ao número cinco, que foi a quantidade de bolas que o Flamengo colocou nas redes do Grêmio.
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