O Lula atual é só uma narrativa que mantém viva a esquerda dentro e fora do Brasil – Com apenas 1000 pessoas de média, caravana de Lula é um fracasso por onde passa
Por: Will R. Filho para https://www.opiniaocritica.com.br
Desde que saiu da prisão em 9 de novembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece que anda um pouco “apagado” das manchetes jornalísticas, e isso inclui os próprios tabloides esquerdistas financiados para distorcer informações e promover o culto à personalidade do líder petista. Mas isso não é por acaso!
Lula não está virando notícia, simplesmente, porque bem diferente do que ele e seus aliados imaginavam, o tão esperado “levante” popular nas ruas, em sua defesa e contra o governo Bolsonaro, não aconteceu até hoje, e não é por falta de convocação.
O próprio ex-presidiário assim que saiu detrás das grades tratou de convocar os seus pelegos para “seguir o exemplo do Chile”. Ciente de que o Nordeste é o seu maior reduto eleitoral, Lula partiu para Recife/PE acreditando que ali poderia iniciar uma revolução. Mas, e o povo?
Não é por acaso que às imagens da caravana de Lula possuem enquadramento focal (delimitando o espaço ao redor do palco, por exemplo) e ângulos de meia-altura, sempre centrados no “miolo” onde o público está concentrado. A ideia é fazer parecer que há centenas de milhares de pessoas, quando na verdade são apenas centenas ou, no máximo, uma torcida de futebol da série C.
Para Augusto Nunes, nem mesmo o MST ou MTST podem atualmente engrossar o público de Lula. Com a derrota do PT em 2018 e da esquerda em geral na maioria dos pleitos do país, os “coletivos” perderam força por falta de apoio político (leia-se: verbas públicas!).
“Desde o início do governo Bolsonaro, tanto o exército de João Pedro Stédile quanto as tropas de Guilherme Boulos suspenderam a ofensiva contra o direito de propriedade”, escreve Nunes. “’Por falta de condições políticas’, segundo Stédile, o MST entrou em recesso há meses. O número de invasões registradas neste ano não chega a dois dígitos.”
“O ‘exército do Stédile’ só continua existindo na cabeça de Lula e no falatório amalucado de Dilma. Antes que houvesse uma batalha real, o general de galinheiro optou pela rendição desonrosa”, conclui o jornalista.
O futuro político de Lula é uma narrativa
O fiasco das caravanas de Lula não é um fenômeno recente. Já em 2017, durante ato de pré-campanha, o ex-presidiário não conseguia mais reunir grandes multidões, informou a Época na ocasião.
Em uma passagem de Lula em Teófilo Otoni e Governador Valadares, por exemplo, o número de pessoas foi tão pífio que o PT resolveu mudar de local para tentar minimizar o vexame. Poucos meses após, o líder petista foi preso pela Lava Jato.
Então, o que restou de Lula, afinal, senão uma narrativa? Lula é o alimento da sobrevivência ideológica da esquerda no Brasil e na América Latina. Aos 74 anos, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, não resta outra alternativa à esquerda senão sustentar a ideia de que o petista mais famoso ainda conseguirá reverter o quadro de derrotas dentro e fora do país.
É por isso que a caravana de Lula continuará existindo, ainda que minguando a cada edição. Ela continuará nos espaços fechados, onde é mais fácil lotar e produzir imagens de efeito. Continuará nas mídias sociais, tabloides e nos “coletivos”. Todos alimentados por uma narrativa que pode sustentar a esquerda, mas está bem longe de servir ao Brasil.
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