A comunidade católica alfredense celebrará no próximo domingo dia 26 a tradicional festa de São Sebastião. Festeiros já percorrem todo o município tirando prendas. pedindo a colaboração e convidando para as festividades que incluem Santa Missa, jantar no sábado e almoço no domingo.
São Sebastião nasceu na França, no século III, por tanto há muitos anos e bem longe de Alfredo Wagner. Mas então, por que ainda hoje ele é festejado, não só aqui, mas em todo o Brasil?
Conhecendo um santo
Francês de nascimento, como dissemos, logo pequeno, mudou com sua família para Milão. Lá, ele cresceu e foi educado dentro dos valores do cristianismo. Sebastião, quando adolescente, alistou-se no exército de Diocleciano, chegando a comandante da guarda pessoal deste imperador romano. Mesmo sendo soldado, ele cumpria com os mandamentos da Lei de Deus e jamais adorou ídolos, como era obrigatório para todos os que pertenciam ao exército.
Sebastião acabou se tornando um dos guardas prediletos do Imperador Dioclesiano. O imperador era conhecido, entre outras, por perseguir os cristãos. Assim, Sebastião utilizava-se de seu relativo poder militar para agir secretamente junto aos prisioneiros cristãos, levando a eles palavras de conforto antes de suas lutas como gladiadores. Dessa forma, o soldado ganhou fama de benfeitor.
Sua fama, porém, não demorou a ser descoberta pelo Imperador. Dioclesiano, que costumava expulsar os cristãos de seu exército, foi mais tolerante com seu soldado favorito. Tentou fazer com que Sebastião renunciasse sua fé. Diante da negativa de seu soldado, o Imperador mandou executá-lo. Sebastião foi então amarrado a um tronco e alvejado de flechas – tal como ilustrado nas imagens que o representam. A surpresa veio à noite. Quando um grupo de mulheres foi recuperar o corpo do soldado para enterrá-lo, viram que Sebastião estava vivo. Elas o levaram e cuidaram de suas feridas.
Restabelecido, Sebastião continuou a pregar o cristianismo, porém não mais em segredo. Voltou a tentar convencer Dioclesiano de poupar os cristãos. O Imperador mandou executá-lo e Sebastião, após sua morte, foi jogado nos esgotos de Roma. Seu corpo foi encontrado por uma mulher, mais tarde chamada Santa Luciana, que finalmente o sepultou.
Algumas dezenas de anos mais tarde, o Imperador Constantino, conhecido por ter se convertido ao cristianismo, ordenou a construção de uma basílica para abrigar os restos mortais de Sebastião.
São Sebastião no Brasil
A devoção a São Sebastião chegou ao Brasil com a colonização portuguesa.
Conta-se que na batalha que expulsou os franceses que ocupavam o Rio de Janeiro, São Sebastião foi visto lutando entre os mamelucos, índios e portugueses em defesa das terras brasileiras. A batalha teria acontecido no dia 20 de janeiro, dia do santo.
São mais de cem as paróquias de São Sebastião no Brasil, mas, talvez, a mais conhecida seja a do Rio de Janeiro, onde as homenagens contam com a corrida de São Sebastião, missas e procissão que sai da igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, na Tijuca, em direção à Catedral Metropolitana para bênção e missa solene oficiada pelo Arcebispo do Rio de Janeiro. Na Paróquia de São Sebastião fica a imagem do padroeiro trazida em 1565 por Estácio de Sá para a fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. O marco de fundação e os restos mortais de Estácio de Sá também ficam na paróquia.
As festas a São Sebastião acontecem de norte a sul do Brasil e possuem peculiaridades em cada lugar. Por exemplo em Pirenópolis-GO, o santo é devotado principalmente pelos fazendeiros que doam bezerros para o leilão de São Sebastião. Há tríduo, missa e procissão nas comemorações ao santo. Em Lagolândia, distrito de Pirenópolis, a festa em louvor a São Sebastião foi instituída no calendário local na década de 1920 por Benedita Cipriano Gomes, Dica. As homenagens acontecem a partir do dia 11 de janeiro com as novenas, sendo que, após a reza de cada dia, há distribuição de quitandas na casa do festeiro. No dia 19 acontece a última novena, que é seguida pelo levantamento de mastro, queima da fogueira e de fogos de artifício. No dia 20 é realizada a festa, com missa pela manhã e acompanhada por um farto almoço. À tarde acontece uma procissão que se encerra na igreja, onde é realizado o sorteio para a ocupação dos cargos da festa do ano seguinte. São escolhidos: o festeiro, o mordomo do mastro, o mordomo da bandeira, o mordomo da fogueira e demais obrigações. Os leilões são realizados pela comunidade.
São Sebastião em Alfredo Wagner
São Sebastião foi um dos padroeiros escolhido para proteger e ajudar aos paroquianos em Alfredo Wagner. Uma linda imagem foi esculpida pelo artista de Treze Tilhas, C. Moser representando o Santo no momento de seu martírio ordenado pelo Imperador Diocleciano. São Sebastião é homenageado devotamente com uma festa no ultimo domingo de Janeiro.
Este ano foram escolhidos como festeiros, além do Movimento de Irmãos e o Movimento de Cursilhos de Cristandade, foram escolhidos os alfredenses: Diego Back e Janine Hinckel Back, Daniel Klauberg e Cristiane Farias Klauberg, Odair José Hillenshein e Marinez Truppel, Sérgio Adonis da Crus e Sibele Weingartner, Maycon Wambommel e Ariane Dorigon.
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