Um dos episódios mais paradigmáticos e exemplares da história da humanidade foi a Revolução Francesa! Ainda hoje o período que compreende o fim da monarquia de Luiz XVI e o estabelecimento do Império de Napoleão é estudado com muita atenção. Analistas políticos, volta e meia, estão buscando na história explicações para os eventos recentes.
Hoje o mundo passa pelo medo do vírus chinês, coronavírus ou Covid19. Surtos de medo e pânico estão perpassando diversas sociedades e provocando reações que tem surpreendido. Fronteiras estão sendo fechadas, divisas entre estados estão sendo bloqueadas e, até mesmo o acesso a municípios pequenos fecham-se para que o vírus não chegue aos seus habitantes.
A mídia, curiosamente, cala sobre estes excessos de pânico, mas mantem aceso o perigo e o risco, em vez de auxiliar na manutenção da tranquilidade dentro das medidas preventivas já adotadas.
Voltemos ao caso da Revolução Francesa. Um dos fatos marcantes e que precedeu ao grande evento revolucionário foi exatamente o medo! Historicamente chamado de “O Grande Medo”, o episódio constou de fakenews (boatos) espalhados em algumas regiões da França e que provocaram uma onda de terror e panico na população rural, levando ao fim do Feudalismo, ao assassinato dos Reis e milhares de pessoas.
Michel Vovelle e Mariana Echalar no livro “A Revolução Francesa, 1789-1799“, assim descrevem o Grande Panico:
No principio, o medo…
O medo não é a única força motriz das reações populares, mas tem seu papel nos primeiros episódios, no auge do verão de 1789. O Grande Medo é o último momento importante de pânico que a sociedade camponesa tradicional conheceu e, sem dúvida, o mais espetacular. Ele teve antecedentes, e alguns estudiosos evocaram a esse respeito um cortejo de medos ancestrais (medo de lobos, da peste, de feiticeiros, de ciganos…), substituído pelo medo do bandoleiro. Na segunda quinzena de julho, fazendo eco, como se disse, à queda da Bastilha, correu em diversos pontos do reino o boato da chegada de bandoleiros imaginários, que saqueavam e queimavam as colheitas. Havia boatos também de ingleses no litoral, de imperialistas ou piemonteses nas fronteiras. A notícia se espalha em três quartos do território francês, de aldeia em aldeia, a partir de seis epicentros, seguindo as vias de circulação. Suscita reação nas comunidades, que pegam em armas e se antecipam a essa ameaça fantasiosa, contribuindo para propagar ainda mais o medo. Mesmo avisados da verdade, os camponeses se dirigem muitas vezes ao castelo vizinho, onde exigem os títulos do desconto senhorial para queimá-los. Movimento pouco sangrento – houve apenas cinco vítimas em toda a França -, mas violento e espetacular. O medo deu origem à abolição da feudalidade na noite de 4 de agosto.
Estou querendo dizer com isso que algo muito maior e mais espetacular está sendo engendrado no momento? Não! Eu nada sei! Apenas vou aprendendo com os acontecimentos.
O Grande Medo da Revolução Francesa foi usado com sucesso para a destruição do antigo regime feudal. O que estará sendo destruído hoje, em pleno Século XXI, que necessite uma onda de panico e medo, superior ao francês do século XVIII?
A Revolução Francesa trouxe o terror. a destruição das desigualdades econômicas e do feudalismo e subjugou a França a Napoleão que se intitulava: “a Revolução de botas”.
O quê trará a Revolução Mundial, precedida pelo panico universal de 2020, e quem fará o papel da “Revolução de botas”?
Eu prefiro que essa pandemia passe logo e que os vapores funestos da Revolução Francesa sejam apenas fatos históricos passados a amedrontar o futuro, mais nada! Que Deus ouça minhas orações!
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