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Alfredenses se encontram entre os turistas que não conseguem voltar

A matéria não informa o nome dos alfredenses que estão além fronteira, aguardando para a repatriação. O que sabemos é que estão no grupo que preencheu o formulário disponibilizado pelo Procurador da República em Chapecó. Dois alfredense (como dissemos não foi informado os nomes) se encontram fora do País aguardando o contato das embaixadas. Qualquer novidade, informaremos aos nossos leitores. Fonte: https://ndmais.com.br

MPF acompanha situação de brasileiros que não conseguem voltar de Chile e Argentina

O MPF (Ministério Público Federal) instaurou procedimento de acompanhamento para auxiliar a repatriação de turistas brasileiros surpreendidos pelo fechamento das fronteiras da Argentina e do Chile devido à pandemia da covid-19.

MPF acompanha casos de brasileiros em países do Mercosul – Foto: Rodrigo Gonçalves/NDTV

Os motivos que embasam o procedimento são um vídeo em que diversas pessoas, no Sul da Argentina e do Chile, pedem ajuda para voltar e a constatação de que um outro grupo de brasileiros, retido na Bolívia, foi repatriado em parte por via terrestre.

O MPF apura informações, pendentes de confirmação, de que há centenas de brasileiros sem ter local para se hospedar e se alimentar.

Vídeo explica situação

No vídeo anexado ao procedimento do MPF (confira abaixo), algumas pessoas relatam que foram surpreendidas pelo fechamento das fronteiras em função da pandemia e colocadas em isolamento por 15 dias.

Com o fim desse período, no final da última semana, não foi apresentada nenhuma alternativa para que fizessem a viagem de volta. Foram informados de que continuarão em quarentena, impedidos de se locomoverem.

O procurador da República em Chapecó Lucas Aguilar Sette, está coletando dados sobre os brasileiros retidos na Argentina e no Chile por meio de um questionário do Google Forms.

As informações, que devem ser preenchidas por aqueles que não conseguem retornar ao Brasil, servirão para o MPF intermediar possíveis soluções para a repatriação. Algumas questões constam do formulário do Ministério das Relações Exteriores, outras foram acrescidas tendo em vista a necessidade de dados para que sejam viabilizadas soluções alternativas.

Esse link do Google Forms para a coleta de dados dos próprios interessados deve circular para chegar até as pessoas que precisam, daí a necessidade de ser replicado e repassado por todos”, pede Lucas Sette.

Até o final da tarde desta segunda-feira (6) já tinham sido postadas oito respostas, quatro grupos de catarinenses, de Alfredo Wagner, São Francisco do Sul, Praia Grande e Brusque, e de pessoas da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Brasileiros assustados

Entre os depoimentos já recebidos, duas pessoas relatam que estão na Ruta Nacional 9, na Argentina, com dois cachorros, expostas ao tempo e “assustados com os fortes ventos, frio e neve que já podemos observar, cada dia mais, nos picos das montanhas próximas (Cordilheira dos Andes)”.

Segundo o relato, a previsão de temperatura, esses dias em 6°C, é chegar a 2°C até a próxima semana. “Temos acesso a vestuário para temperaturas mínimas de até 5°C, porém temos dinheiro para alimentação até a próxima semana. Não há risco de desabastecimento, mas por aqui tudo é restrito”, afirmam.

Um casal, que viajava de bicicleta, está a 1.700 km de Uruguaiana (RS). “Os casos de covid-19 têm aumentado muito rápido na cidade de Ushuaia. Estamos apavorados e com medo até de sair para comprar comida”, dizem. “Sou obeso e pré hipertenso e vai começar o frio”, preocupam-se.

“Nós viajamos de bicicleta e vendíamos chocolates pra comprar nossa comida. Agora não conseguimos mais fazer dinheiro. Tivemos que gastar todo nossos recursos para alugar uma casa, se não ficaríamos na rua. E agora nosso dinheiro pra comida está acabando.Nosso maior problema é com o custo da prolongada estadia”, relatam.

De acordo com Sette, diante do recebimento de vídeo, que dá conta da existência de brasileiros impossibilitados de retornar ao Brasil em virtude da pandemia do coronavírus, e considerando que a área de atribuição deste ofício do MPF compreende a fronteira com a Argentina, foi instaurado esse de procedimento de acompanhamento vinculado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF em Santa Catarina para auxiliar a repatriação dos turistas catarinenses e brasileiros surpreendidos pelo fechamento das fronteiras da Argentina e do Chile devido à covid-19.


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