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Santa Catarina bate recorde de exportação de carne suína em maio, com demanda puxada pela China

Publicado em 10/06/2020 15:26 e atualizado em 10/06/2020 16:16352 exibições
De acordo com analista, aumento nos embarques e no faturamento era esperado, mas o volume e receita recorde surpreenderam; expectativa segue positiva para 2º semestre
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Entrevista com Alexandre Giehl – Analista da Epagri/Cepa sobre as Exportações Granjeiros SC

No mês de maio, o Estrado de santa Catarina bateu recorde de exportações de carne suína, atingindo 51,7 mil toneladas embarcadas e US$ 113,6 milhões de faturamento. Segundo o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Ghiel, o setor esperava resultados positivos, mas o recorde foi uma surpresa. Os números são os maiores da série histórica do órgão desde 1997.

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“Esse crescimento é, basicamente, por causa do aumento da demanda da China, que ainda não conseguiu controlar os surtos de Peste Suína Africana. China e Hong Kong, somados, representam 70% das compras de proteína suína catarinense nos primeiros cinco meses deste ano”.

A expectativa é que para o segundo semestre deste ano as exportações de carne suína de Santa Catarina (e do Brasil, de forma geral) continuem em bom ritmo, já que a China ainda tem um gap de proteína animal, e o governo do país asiático prioriza a segurança alimentar.

Um fator que pode trazer uma pitada a mais para as exportações de carne suína é a China ter pedido no início deste mês para que suas estatais não comprem carne suína dos Estados Unidos.

Segundo o Epagri/Cepa, os resultados obtidos em maio trouxeram um aumento de 44,4% no faturamento com as exportações de carne suína em relação ao mesmo período de 2019, e respondeu a 52,5% do total da proteína exportada pelo país.

No último mês, Santa Catarina aumentou os embarques para mercados importantes como China (+53,6%) , Hong Kong (+78,4%), Japão (+2,1%) e Cingapura (+101,2%).

Acumulado do ano

De janeiro a maio, Santa Catarina embarcou mais de 198,3 mil toneladas de carne suína, gerando receitas de US$ 451,8 milhões.

São justamente as exportações que devem motivar o aumento de produção de suínos, ainda que a demanda interna brasileira esteja derrapando devido à crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Segundo Ghiel, em 2019 o Estado aumentou em 6% a produção de carne suína, e a projeção para 2020, antes da pandemia, era para aumento de 4% a 5%.

“Mesmo com a demanda interna menor, a demanda externa deve motivar um aumento de produção, ainda que menor que o esperado, em torno de 2% a 3%”, disse.

 

Por:

Letícia Guimarães

Fonte:

Notícias Agrícolas


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