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Pré-campanha eleitoral e o futuro político de Alfredo Wagner

Foi dada a largada e a corrida para ocupar as macias cadeiras da Câmara de Vereadores de Alfredo Wagner e as não menos macias da Prefeitura, começou. O corpo-a-corpo agora é pelas redes sociais!

Os celulares tornaram mais fáceis os contatos entre possíveis candidatos e seus possíveis eleitores. Facilitaram? Nem tanto!

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Para que campanhas em redes sociais tenham sucesso é preciso que os tradicionais cabos eleitorais também tenham influência no meio digital. Um candidato sem um cabo eleitoral terá poucos votos.

Os cabos eleitorais são essenciais para um sucesso nas urnas. Eles transmitem a confiança no candidato, fazem o elo entre ele e o eleitor, tornando o diálogo mais personalizado. Mesmo numa cidade interiorana e pequena com a nossa, o cabo eleitoral é indispensável. E escolher um cabo eleitoral não é nada fácil. É preciso confiança e carisma.

Não só isso! A presença do candidato (ou pré-candidato) deve ser constante, interagindo com o seu eleitorado com postagens que o liguem pessoalmente com o eleitor.

Há mais um recurso, muito utilizado hoje em dia, mas que NÃO recomendo, cuja ação foi essencial para os dois candidatos a Presidência em 2018: as fake-news, ou boatos. Um político mineiro cunhou uma frase que ficou para a história da política brasileira: “falem bem, ou falem mal, mas falem de mim!”

Ou seja, o nome do candidato deve ser exaustivamente repetido, com verdades ou inverdades, para selar sua presença online. É o que ocorre no boca-a-boca, a melhor ferramenta de se fazer política.

Voltando a Alfredo Wagner: haverá uma renovação na Câmara de Vereadores este ano, tornando a oposição ainda mais reduzida e passível de controle por parte do Executivo Municipal. A menos que uma ação política bem articulada seja realizada.

Há meios de afastar candidatos da oposição que possuem alguma força política: por exemplo, oferecer a possibilidade de concorrer ao cargo de Prefeito é uma delas. -Se os candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito forem Vereadores (como ocorreu nas eleições em 2016) perdem a chance de continuar sua atuação na Câmara e passam a ter um alcance apenas entre os seus correligionários, reduzindo drasticamente sua ação política.

Após uma eleição com muitas alianças, (PP / PT / PMDB / DEM) com vitória expressiva em 2012, o partido da situação arriscou e concorreu para a reeleição coligando-se com os mesmos partidos (apenas substituindo o DEM pelo PSB na aliança 2016/2020) obtendo uma vitória maior.

Não sou profeta, mas um analista, e tudo leva a crer que o MDB levará mais 4 anos, e, desta vez, de lavada!

Segundo estimativa do IBGE para 2019, a população alfredense era de 10.036 habitantes. Eleitores somos 7.130, segundo o TSE/2019. Segundo o site da Prefeitura Municipal o quadro de pessoal entre efetivos, comissionados, emprego e cargo público é de 1.737 pessoas. Ou seja, mais de 17% da população alfredense depende do salário pago pela prefeitura.

Este não é um fator determinante, entretanto, é um forte aliado do partido de situação.

Se analisarmos a porcentagem dos que trabalham na Prefeitura com o eleitorado da Capital das Nascentes, podemos dizer que a situação é ainda mais segura para uma vitória esmagadora nas próximas eleições, pois mais de 24 % do eleitorado alfredense trabalha na Prefeitura. Se somarmos seus familiares, poderemos dizer que o resultado nas urnas para o candidato do MDB será em torno de 5 a 6 mil votos, deixando menos de 2 mil para os candidatos restantes.

Essa vantagem, é significativa ainda que haja uma improvável derrota de um candidato da situação (o que não acredito que ocorra)!  Tendo preenchido todos os cargos disponíveis para a máquina administrativa funcionar com tranquilidade, qualquer candidato vencedor que não seja da situação, terá enormes dificuldades em administrar o município, pois o partidarismo é muito forte em Alfredo Wagner.

Este tipo de analise não é feita por nenhum candidato, pois o sonho de ganhar uma eleição é, digamos, inebriante… Puxa, faz um bem danado para o Ego ser visto como candidato, ter o nome e a foto numa urna eletrônica… Ter 20 ou 0 votos (como tem ocorrido com a grande parte dos candidatos em quase todas as eleições) não chega a destruir este sonho!