Economia Educação Notícias

FECAM cria grupo de trabalho para acompanhar regulamentação do Fundeb

A estimativa é que para Santa Catarina os recursos anuais do Fundeb cheguem a R$ 2,8 bilhões

4/9/2020 – O novo Fundeb entrará em vigor em 1º de janeiro de 2021, com implementação gradativa até 2026. Mas a Federação Catarinense de Municípios (FECAM) já se antecipou e irá estudar e acompanhar os processos realizados para regulamentação da Emenda Constitucional 108/20. Para isso, instituiu um grupo de trabalho composto por contadores e técnicos das associações de municípios do Estado e representantes da educação. O objetivo é entender o novo trâmite para orientar os municípios e gestores de educação.

A Emenda Constitucional amplia o alcance e torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Para que o Fundeb efetivamente entre em vigor na data prevista, é necessária a aprovação de lei que regulamente o funcionamento e consolidação das regras operacionais até 31/12.

Para a consultora em educação da FECAM, Gilmara da Silva, alguns desafios ainda precisam ser vencidos para garantir operacionalidade da política e concretização de seus avanços. “O Fundeb se tornou permanente e garantia constitucional, mas temos uma grande luta, que é entender como serão feitas as regulamentações e os repasses. Analisar e detalhar a formulação técnica da política para, posteriormente, acompanhar como serão feitos os investimentos e a aplicação de todos esses recursos nos municípios”, afirma.

Segundo Gilmara, para Santa Catarina os recursos anuais do Fundeb devem chegar a R$ 2,8 bilhões. “Esse número é estimado uma vez que ainda precisamos acompanhar o comportamento da economia, os processos relacionados aos impostos e as discussões que envolvem a reforma tributária”, explica.

Mudanças – Apesar de ser uma política permanente, o Fundeb irá passar por revisão de funcionamento a cada 10 anos, iniciando a primeira em 2026.

Entre as principais mudanças estão o aumento da complementação de recursos pela União, de 10% para 23%, escalonado até 2026, sendo 12% já em 2021. Alteração na distribuição percentual de ICMS aos municípios e a participação da sociedade no planejamento desta política social.

ÁUDIOConsultora em educação da FECAM, Gilmara da Silva

 


Descubra mais sobre Jornal Alfredo Wagner Online

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.