Em alguns pontos da Argentina e Chile, será possível visualizar o evento em sua totalidade. Já no Brasil — assim como em outros países do continente —, o eclipse poderá ser visto apenas de maneira parcial.
Contudo, o acontecimento deve durar pouco tempo. Segundo a astrônoma Tania de Sales Marques, do Observatório Real de Greenwich, em Londres, a Lua nova passará sobre a face do Sol em um processo que levará cerca de 24 minutos, mas a cobertura total deve durar pouco mais de dois minutos.
O eclipse solar total ocorre quando a Terra, Sol e Lua se alinham de um modo específico, fazendo com que a incidência solar seja impedida pelo nosso satélite natural.
Embora a Lua seja 400 vezes menor que o Sol, ela acaba atuando como um barreira por estar bem mais próxima da Terra, impedindo a chegada da luz solar, mesmo durante o dia.
De onde será possível observar o eclipse solar?
A passagem da Lua nova em frente ao Sol provocará uma penumbra sobre a ponta da América do Sul por volta do meio-dia.
Na Argentina, o fenômeno poderá ser visto completamente no norte da Patagônia, enquanto no Chile, as regiões de Araucanía, Los Ríos e Biobío deverão ser os pontos privilegiados para observar o eclipse “na íntegra”.
Já o eclipse solar parcial poderá ser visto no Brasil, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.
“No Rio Grande do Sul, cerca de 60% do disco do Sol estará encoberto pela Lua. No Paraná, aproximadamente 50% e em São Paulo e Rio de Janeiro, em torno dos 40%”, afirmou o professor.
O evento também será transmitido pela Nasa, a partir das 11h40 (horário de Brasília).
Como ver o fenômeno?
Antes de mais nada, é importante certificar-se de que os aparelhos utilizados na observação filtrem mais de 99,999% da luz solar. Caso as medidas de segurança não sejam respeitadas, é possível que a observação direta do eclipse solar cause danos irreversíveis na visão do indivíduo.
Além de óculos e visores manuais especiais, pode-se utilizar telefones celulares, binóculos, telescópios e câmeras, desde que filtros especiais sejam acoplados aos instrumentos.
Outro ponto a ser considerado é a continuidade do distanciamento social. Embora eventos como este estimulem a aglomeração de curiosos, é importante limitar o deslocamento para evitar tumultos e a proliferação do coronavírus (Sars-Cov-2).
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