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Um testamento de fé e amor à Igreja

112.º aniversário do nascimento de Plinio Corrêa de Oliveira

A 13 de Dezembro de 1908 nascia  Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995), filho do Dr. João Paulo Corrêa de Oliveira e da Sr.ª D.ª Lucilia Ribeiro Corrêa de Oliveira, em São Paulo. 

O Prof. Plínio Corrêa de Oliveira teve, durante sua vida, uma grande atuação em defesa dos princípios morais e perenes expressos nos ensinamentos da Igreja Católica.

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Tendo conhecido pessoalmente e trabalhado em algumas ocasiões com o Prof. Plínio, presto aqui minhas homenagens pela comemoração de seu aniversário publicando o texto do seu testamento espiritual, datado de 10 de Janeiro de 1978.

Em nome da Santíssima e Individua Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo. E da Bem-aventurada Virgem Maria, minha Mãe e Senhora. Amem.         

Eu, Plinio Corrêa de Oliveira, filho legítimo do Dr. João Paulo Corrêa de Oliveira e de Dona Lucília Ribeiro Corrêa de Oliveira, ambos já falecidos, brasileiro, natural desta Capital do Estado de São Paulo, onde nasci a treze de Dezembro de mil novecentos e oito, solteiro, advogado e professor universitário, residente e domiciliado nesta mesma cidade, estando no meu perfeito juízo, resolvo, livre e espontaneamente, fazer este meu testamento, a fim de dispor dos meus bens, para depois da minha morte, e estabelecer outras determinações de última vontade, na forma que passo a expor:         

Declaro que vivi e espero morrer na Santa Fé Católica Apostólica e Romana, à qual adiro com todas as veras da minha alma. Não encontro palavras suficientes para agradecer a Nossa Senhora o favor de haver vivido desde os meus primeiros dias, e de morrer, como espero, na Santa Igreja, à qual votei, voto e espero votar, até ao último alento, absolutamente todo o meu amor. De tal sorte que todas as pessoas, instituições e doutrinas que amei durante a minha vida, e atualmente amo, só as amei ou amo porque eram ou são segundo a Santa Igreja e na medida em que eram ou são segundo a Santa Igreja. Igualmente, jamais combati instituições, pessoas ou doutrinas senão porque e na medida em que eram opostas à Santa Igreja Católica.           

Agradeço, da mesma forma, a Nossa Senhora – sem que me seja possível encontrar palavras suficientes para fazê-lo – a graça de haver lido e difundido o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luís Maria Grignion de Montfort, e de me haver consagrado a Ela como escravo perpétuo. Nossa Senhora foi sempre a Luz da minha vida e da sua clemência espero que seja Ela a minha Luz e o meu Auxílio até ao último instante da existência.   

Agradeço, ainda, a Nossa Senhora – e quão comovidamente – haver-me feito nascer da Dona Lucília. Venerei-a e amei-a em todo o limite do que me era possível e, depois da sua morte, não houve dia em que não a recordasse com saudades indizíveis. Também à alma dela peço que me assista, até ao último momento, com a sua bondade inefável. Espero encontrá-la no Céu, na corte luminosa das almas que amaram mais especialmente Nossa Senhora.      

Tenho a consciência do dever cumprido, pelo facto de ter fundado e dirigido a minha gloriosa e querida TFP. Osculo, em espírito, o estandarte desta que se encontra na Sala do Reino de Maria. São tais os vínculos de alma que tenho com cada um dos sócios e cooperadores da TFP brasileira, como das demais TFPs, que me é impossível mencionar aqui especialmente alguém para lhe exprimir o meu afeto. Peço que Nossa Senhora os abençoe a todos e a cada um. Depois da morte, espero junto a Ela rezar por todos, ajudando-os, assim, de modo mais eficaz do que na vida terrena.  

Aos que me deram motivos de queixa, perdoo de toda a alma. Faço votos de que a minha morte seja para todos ocasião da graça que chamamos do Grand Retour.    

Não tenho diretrizes a dar para essa eventualidade, pois melhor do que eu o fará Nossa Senhora. Em qualquer caso, a todos e a cada um peço entranhadamente e de joelhos que sejam sumamente devotos de Nossa Senhora durante toda a vida.    

São Paulo, 10 de Janeiro de 1978

Plinio Corrêa de Oliveira


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