É inegável que a política brasileira está sendo conduzida, com muita inteligência, para um completo caos. O caos, cujos múltiplos artífices e manipuladores conduzem para agravar-se automaticamente à medida que as eleições se aproximam.
Este caos só tem um beneficiário, o qual já está fazendo aquisições pelo Brasil afora: a China Comunista.
O caos derruba os preços de empresas e bens, fazendo com que seus proprietários levem capitais para outros países ou invistam em aplicações mais seguras.
A China usa uma tática muito simples para assumir empresas estrangeiras: o “rinoceronte cinza“. “Grupos privados se expandem globalmente por meio de crédito barato no país. Não raro, os grupos como a HNA, Wanda Group, Anbang, enfrentam problemas financeiros dada sua elevada alavancagem, promovendo uma dança das cadeiras. Saem os grupos privados, entram as estatais comprando os ativos” afirma.
72 bilhões de reais é o montante investido no Brasil de 2003 a 2019 por empresas chinesas, segundo dados do Ministério do Exterior divulgados em 2019.
A expansão gradativa chinesa ultrapassa a americana, “neste primeiro momento, por meio da compra de participações em projetos locais, seja majoritária ou minoritária, como os campos do pré-sal adquiridos durante o leilão de Libra. Do total investido por chineses, apenas 11% foi destinado a projetos novos. O restante focou em aquisições“, informa Felippe Hermes.
As práticas de dumping (quando um produto é vendido abaixo do seu preço normal para ganhar fatia de mercado), recusadas na maioria das nações que praticam o comércio internacional, são aceitas no Brasil pois aqui a China é considerada como um país de economia de mercado.
Os grupos privados compraram fatias consideráveis em áreas como aviação, infraestrutura e finanças:
- A HNA por exemplo, comprou em 2015 cerca de 23,7% da Azul Linhas Aéreas. E uma participação minoritária no aeroporto do Galeão.
Como no caso da Anbang, o HNA Group sofreu com problemas de liquidez, tendo de se desfazer de suas participações, já as estatais chinesas, entretanto, não possuem o mesmo problema.
- Em 2017 por exemplo, a China Merchants Group, uma companhia controlada pelo governo chinês listada em bolsa, pagou R$ 2,8 bilhões pelo Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá, o segundo maior do Brasil. Em 2020, fundos estatais assumiram parte do negócio.
- Também na área portuária, um setor que tem crescido em interesse por parte do governo chinês, a estatal China Communications Construction Company (CCCC), está investindo R$ 2 bilhões para construir um porto no Maranhão, construindo duas rotas de escoamento da produção agrícola brasileira, ao sul e ao norte do país.
- A mesma CCCC está neste momento negociando um novo projeto, desta vez em Santa Catarina, na ordem de R$ 1 bilhão, também para a área de grãos, como em São Luís.
- Tendo comprado a empresa de engenharia Concremat, a CCCC investe ainda energia eólica, e no que depender do governo paulista, disputará concessões em rodovias.
- A mesma State Grid tentou, sem sucesso, uma oferta para comprar a totalidade das ações.
- Outra gigante de energia, a CTG, China Three Gorges – dona usina de 3 gargantas, a maior do planeta – adquiriu o controle de 14 hidrelétricas, além de participação de outras 3. A empresa, que venceu o leilão de privatização da CESP, é hoje a segunda maior geradora de energia com capital privado do país. Por meio da EDP, a CTG também possui 11 parques eólicos no país.
- Juntas, a State Grid, CTG, além da State Power Investiment Corporation (SPIC), controlam 15,6 mil MW, ou 10% de toda produção brasileira de energia. Ambas as empresas são ainda fortes concorrentes em projetos de privatização, como os da Eletrobras e Cemig.
- Na área de petróleo, a CNPC, Corporação Nacional Chinesa de Petróleo, controladora da PetroChina, é sócia da Petrobras no pré-sal, graças à aquisição conjunta no leilão do campo de Libra. Outra estatal chinesa, a CNOOC, também é sócia no campo (ambas com 10% cada). A empresa busca ainda retomar a construção do Comperj, complexo petroquímico da Petrobras no Rio de Janeiro.
- Na maior descoberta do pré-sal, feita em 2011, a Petrobras é sócia da Shell, e da RepsolSinopec, mais uma estatal chinesa na área de petróleo.
Ao todo os chineses possuem participação em 12 campos do pré-sal.
- No ramo agrícola, além dos portos, os chineses são sócios majoritários com 53,4% da Belagrícola, produtora de máquinas e equipamentos paranaense com faturamento de R$2,8 bilhões. Outros investimentos incluem ainda a Fiagril, adquirida em 2016 pelo mesmo grupo, o DKBA.
- A Mídia também está no foco das parcerias pelos chineses, como no caso daquela firmada com a Rede Bandeirantes, dona da emissora de TV e rádios no país. A empresa fechou um acordo para produção de conteúdo junto a estatal chinesa China Media Group.
- A estatal chinesa também assinou um acordo de coprodução e uso da tecnologia 5G com a Rede Globo.
Esta lista foi preparada com informações da Infomoney e mostra que a cada dia cresce a participação de estatais da China Comunista em solo brasileiro.
O artigo ainda informa que o Presidente chinês tem criticado estes investimentos, por criarem vulnerabilidade no país, entretanto, após empresas privadas formalizarem os investimentos, as estatais assumem o controle.
Quando maior for o caos político no Brasil, menor será o valor de venda dos ativos brasileiros, favorecendo ainda mais a grande expansão comunista chinesa.
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