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Empresas investem na formação de desenvolvedores

Alta demanda por profissionais qualificados levou empresas a tomarem a iniciativa de oferecer cursos de programação

São Paulo, Março de 2022 – A transformação digital, impulsionada pela pandemia, trouxe um grande desafio para as empresas: encontrar profissionais qualificados para atuar como desenvolvedores. Uma pesquisa feita pela GeekHunter, revelou aumento de 173% no número de vagas em tecnologia para pessoas com pouca experiência, e um crescimento de 344% nas oportunidades para profissionais de nível pleno, no 1º semestre de 2021. Diante da alta demanda e dificuldade de contratação, empresas de diversos setores têm investido em cursos para formar desenvolvedores. 

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Adyen, Catho, Transfero, Alura e Sinqia são alguns exemplos de companhias que desenvolveram seus programas de formação ou firmaram parcerias com instituições de ensino e ONGs para treinar pessoas sem experiência em programação, com a possibilidade de contratação após o término do curso. Confira abaixo:


Adyen 

Adyen, líder global de tecnologia de pagamentos, firmou uma parceria com três ONGs que oferecem cursos de programação para jovens de baixa renda. A primeira é a Recode, que forma programadores full stack com o ensino de códigos e computação, raciocínio lógico e habilidades interpessoais. Nesta parceria, Adyen já investiu na formação de uma classe com 50 alunos e contratou sete pessoas do programa. A segunda é a Generation, que promove cursos gratuitos de programação Java. A Generation trabalha com quem está formado, mas sem emprego, com o intuito de resolver o desemprego causado pela pandemia. A Adyen patrocina cerca de 60 alunos do programa e também oferta vagas na plataforma. E a última é o Instituto Semear, que oferece bolsas de estudos em universidades, mentoria e networking. Com essa parceria, Adyen patrocina 10 alunos e tem o intuito de ofertar vagas para jovens recém-formados. 

O objetivo da aliança com essas instituições é capacitar e qualificar jovens talentos em situação de vulnerabilidade para a área de tecnologia, devido à grande demanda do mercado por desenvolvedores. “Com essas parcerias, buscamos não só apoiar a formação de profissionais na área, mas também criar novas oportunidades para esses jovens e futuramente trazer mais diversidade para a nossa empresa”, disse Amanda Castro, gerente de RH da Adyen na América Latina. “O investimento em nossa equipe de desenvolvimento é o caminho para continuarmos inovando e oferecendo sempre tecnologia de ponta a ponta a nossos clientes“. 

CathoEm janeiro de 2022 a Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos de forma gratuita, e a Let’s Code, escola de desenvolvedores, formaram uma parceria para custear, com o projeto DevElas, 25 bolsas de um curso online e gratuito exclusivo para profissionais mulheres que tenham interesse em seguir carreira na área de tecnologia. Com duração de oito meses, as alunas aprendem a programar e, no final, ainda têm a oportunidade de participar de um processo seletivo para trabalhar na Catho. Serão oferecidas 15 vagas exclusivas para as formandas do curso.

Transfero

A busca por talentos em tecnologia é também um desafio no mercado de criptoativos. Pensando nisso, a Transfero, empresa internacional de soluções financeiras baseadas em tecnologia blockchain, criou o Transfero Academy. A primeira turma de talentos do programa de formação já foi selecionada, que inclui quatro etapas de treinamento em que eles aprendem sobre Big Data, Análise de Dados, Python, .Net, Solidity e Rust, além de contarem com a mentoria de especialistas e desenvolverem um projeto junto à equipe da empresa. 

Os selecionados recebem uma bolsa a partir de R$ 1 mil – com valor variado de acordo com seu nível técnico, além de um benefício flexível do mesmo valor. Ao final do programa, que tem duração de seis meses, os talentos serão contratados pela Transfero ou por um de seus parceiros. A expectativa é formar mais de 100 talentos até o final de 2022. Ainda no primeiro semestre deste ano a Transfero divulgará um processo seletivo para novas turmas.  “O mercado tem falta de profissionais das áreas de tecnologia e, em especial, do setor cripto. Nós queremos formar não apenas desenvolvedores, mas profissionais aptos a serem protagonistas no mercado”, finaliza Márlyson Silva, Chief Strategy Officer da empresa. 

Alura

O Grupo Alura, referência em tecnologia no país, tem olhado para a importância de adotar uma cultura organizacional com mais cursos e treinamentos da equipe e programas de aceleração como o Imersão Dev. Segundo o CTO da edtech, Sérgio Lopes, somente no time de desenvolvedores, são 51 pessoas, sendo 48 delas, incluindo ele, que iniciaram a carreira na empresa como estagiárias, juniores e iniciantes. Hoje em dia, alguns são seniores em cargos de liderança.

Há pessoas com até 18 anos de empresa trabalhando remotamente de todo o Brasil.  Pessoas com e sem faculdade, com idades entre 17 a 47 anos, ambas iniciantes. Também focamos na diversidade, inclusão e igualdade de gênero. Na nossa equipe, 17 são mulheres. E contamos também com profissionais que migraram de outras áreas para serem desenvolvedores”, conta.

Os processos implementados no Grupo reforçam um ambiente baseado em estudo, colaboração contínua e trabalho em grupo, onde todos ensinam e aprendem. Além disso, a empresa oferece experiência onboarding com espaço seguro para experimentar, questionar, errar e praticar projetos com arquitetura simples e tecnologia acessível.

Sinqia

Em janeiro de 2021, a Sinqia, líder em softwares e inovação para o setor financeiro no Brasil, junto com a Let’s Code, anunciaram uma parceria. O  programa chamado DevMakers tem como objetivo recrutar pessoas sem experiência em programação e oferecer um conteúdo completo em back-end. 

Ao todo, foram  oferecidas 30 bolsas de estudos para pessoas iniciantes na área e, ao final do curso, os selecionados terão a chance de contratação. O processo seletivo é composto por 5 fases que envolvem teste de lógica, apresentação pessoal com vídeo de até 3 minutos; uma dinâmica em grupo, entrevista com a Sinqia e coding tank: aulas remotas (ao vivo) de lógica da programação para avaliar os candidatos na prática, essa última fase também é eliminatória.  

Para Thiago Saldanha, CTO da Sinqia, a parceria é muito importante, pois abre portas para jovens em início de carreira ou pessoas que já estão no mercado de trabalho e que buscam migrar para a área da Tecnologia. “Com isso, seguimos o nosso propósito de impulsionar o mercado financeiro, conectando empresas e pessoas com o futuro, e transformamos o cenário atual em oportunidade, por meio da educação. Ao mesmo tempo, além do caráter social, a formação e contratação dos jovens também supre uma necessidade da empresa de mão de obra especializada”, comenta o CTO. O início das aulas está previsto para 18 de abril.


VCRP Brasil

Keila Cândido


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