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Abril Azul: entenda os mitos e as verdades do Transtorno do Espectro Autista

Sandra Helena Mousinho Benevides, professora do curso Psicologia do Unipê, conscientiza a população sobre a necessidade de entender o autismo e praticar a inclusão

Estima-se que em todo o mundo o Transtorno do Espectro Autista (TEA) atinge uma em cada 160 crianças, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e já soma mais de 70 milhões de pessoas que vivem com o autismo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

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Criado pela ONU, o mês Abril Azul tem o objetivo de conscientizar a população sobre o autismo a fim de reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que se apresentam no espectro.

E apesar de relativamente comum, muitas pessoas ainda não conhecem a fundo o autismo. Além de prejudicar diagnósticos, essa falta de informação traz muitos desafios para as pessoas com autismo e seus familiares.

Pensando na importância da conscientização e informação, a professora do curso de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, Sandra Helena Mousinho Benevides, esclareceu alguns mitos e verdades a respeito do espectro. Confira:

O autismo é uma doença?

MITO! O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que possui diversas particularidades.

“Uma das principais características que podemos destacar do autismo é a dificuldade de interação social e comunicação, alguns comportamentos que percebemos que são repetitivos, padrões estereotipados, muitas vezes associados a seletividade alimentar, de brincadeira entre outros”, aponta Sandra.

O autismo tem duração apenas na infância?

MITO! Segundo a docente, precisamos entender que não existe cura para aquilo que não é uma doença. Uma vez autista, sempre autista. “Existem casos de pessoas com um autismo num espectro mais moderado na infância e conseguir ter uma boa evolução para um grau mais leve”.

Na maioria das vezes diagnosticado na infância, o TEA também é percebido já na fase adulta da pessoa. “É bem comum. Quando fazemos um histórico de anamnese infantil, percebemos que foi uma criança que demorou a falar, teve dificuldade de interação, era isolada, mas os responsáveis, por falta de conhecimento ou não conseguiu identificar de uma forma tão clara”, conta a docente. Por isso, muitos convivem com o autismo por décadas sem saber que está dentro do espectro.

O autista tem probabilidade a ter uma forma peculiar de falar?

VERDADE! Alguns autistas, não todos, podem apresentar um comportamento verbal disfuncional, que são palavras repetitivas (ecolalias) ou uma forma peculiar de se comunicar.

Autistas são muito agressivos?

MITO! O que é comum é ter um comportamento agressivo quando são contrariadas. “Reforço que essa agressividade é uma resposta emocional por não saber lidar com as situações do dia a dia. É a primeira forma de se comunicar: é o grito, é se jogar, se machucar. Por não ter habilidades socioemocionais é comum esse déficit na comunicação e interação, que gera como consequência a agressividade”, reforça Sandra.

Existem mais pessoas do sexo masculino do que feminino com autismo?

VERDADE! Existe uma explicação cientifica para esse fato. Os homens são mais vulneráveis a desordens neurológicas, com uma diferença molecular entre homens e mulheres. A genética feminina precisa de diversas mutações e bem mais extremas para desenvolver distúrbios neurológicos.

O autista tem dificuldade em olhar no olho?

VERDADE! As pessoas com autismo possuem um déficit de comunicação não verbal, para eles é mais fácil olhar para a boca, que tem estímulos aparentes, do que para os olhos.

“Daí elas têm dificuldades para compreender as expressões faciais e os contextos de falas com, por exemplo, gírias; o pensamento deles é bem concreto. Estudos, inclusive com rastreamento ocular, mostram que os autistas tendem a perceber de forma mais fragmentada as partes do corpo, e a atenção deles é mais voltada para onde tem movimento, como a boca”, diz.

Crianças com autismo são incapazes de aprender?

MITO! Eles possuem muita capacidade de aprendizado, mas vão precisar de uma equipe para atender às necessidades de adaptação de suas tarefas. Isso é individual: as estratégias de aprendizados vão variar de pessoa para pessoa.

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Gabrielle Alvares


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