A equipe de Bebeto escalou os “Soldados de Sebold”, em Alfredo Wagner
Conceitualmente o montanhismo é uma prática esportiva e de lazer que se caracteriza pela ascensão de montanhas e elevações rochosas, por meio de caminhadas ou escaladas, com diferentes graus de dificuldade e tempo de duração.
A atividade possui toda uma cultura que envolve clubes e associações, nacionais e internacionais, que prezam pela conduta ética e utilização de técnicas apropriadas durante a realização das explorações.
Na cultura de montanha a palavra “conquista” é diretamente ligada ao ineditismo, isto é, consiste em abrir uma nova trilha/via de escalada ou alcançar o cume de alguma montanha ainda virgem, e aqui no Vale do Itajaí temos um especialista no assunto que acaba de somar mais um feito ao seu currículo.
O blumenauense Carlos Roberto de Souza (Bebeto como é conhecido pelos escaladores) iniciou no montanhismo na pedreira do Boa Vista, em Blumenau mesmo, nos idos de 1990. Desde então, viajou por diversos cantos do Brasil e outros países sul americanos repetindo vias e conquistando novas paredes.
Na última semana Bebeto liderou uma empreitada com outros dois escaladores, Henrique Krueger e Rodrigo Vaz, objetivando alcançar um cume ainda intocado: uma das torres que compõe a formação denominada “Soldados de Sebold”, localizada em Alfredo Wagner e um dos principais destinos catarinenses de campistas e aventureiros.
Foram três dias de investidas na parede de rocha, escalando e “varando mato”, para vencer os cerca de 100 metros verticais e conquistar a via batizada de “Recruta Zero”.
“Tentamos utilizar o mínimo de proteções fixas (chapeletas parafusadas na rocha), priorizando peças que se encaixam em fendas e outras falhas e podemos remover após a escalada, tornando a relação com a montanha mais pura e justa”, conta Bebeto.
Primeiro desafio
E essa não foi a primeira empreitada de Bebeto na região. No ano passado ele e outros dois escaladores (José Satiro e Fábio Dias) abriram uma nova via na primeira torre dos Soldados de Sebold, que foi batizada de “Resgate de Sebold”, pois foi apenas a segunda escalada realizada neste monumento natural, cerca de 8 anos após a primeira conquista.
“No fim das contas, não é sobre ser melhor que o outro, fazer a escalada mais difícil ou ter mais vias no currículo. A gente vai pra esses lugares pra curtir a aventura e compartilhar boas histórias com os amigos de rocha”, finaliza Bebeto.
Pra quem ficou curioso, o Bebeto é guia e instrutor de escalada certificado e pode te levar para viver uma experiência na rocha, basta procura-lo no instagram @inspiresemontanhismo .
Por Fernando Rhenius
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