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A importância das prefeituras fomentarem os eventos de cultura e entretenimento

Doreni Caramori Júnior é empresário e presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE

Cultura e entretenimento são investimentos. Para muitos municípios brasileiros, eventos como festas populares, por exemplo, são os grandes geradores de empregos e receita que, com isso, arrecadam recursos com os tributos para aplicar em outras áreas essenciais como saúde, segurança e educação. Poderes públicos e sociedade precisam saber que estes segmentos envolvem mais de seis milhões de pessoas em 54 atividades que compõem toda a cadeia produtiva.

Só para dar um exemplo, em Petrolina, no interior de Pernambuco, as festas de São João realizadas recentemente movimentaram R$ 273 milhões, impactando na geração de 10 mil empregos diretos e indiretos e proporcionando oportunidade para 307 ambulantes e barraqueiros, aquecendo o comércio informal. Casos como esse acontecem em todo o país. O aspecto econômico é apenas um dos fatores. Cultura e entretenimento incentivam as tradições locais e consolidam uma imagem positiva das nossas diversas identidades. 

Por conta disso, nós, do setor de eventos, defendemos que, neste processo de retomada em um cenário de pós-pandemia, as empresas recebam apoio para voltar a movimentar a economia e gerar empregos. Fomos o setor mais impactado, o que motivou, por exemplo, a criação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), uma das grandes bandeiras da associação nos últimos dois anos e meio e único programa econômico criado especificamente para um segmento durante a crise.

Inspirados pelo PERSE, que tem âmbito nacional, prefeituras e câmaras municipais vêm implantando medidas locais como a redução de alíquotas de ISS (Imposto Sobre Serviços).A prefeitura de São Luís (MA) concedeu uma redução para 3% para empresas do setor, enquanto que nas administrações municipais de Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Distrito Federal e Salvador (BA), o benefício foi a redução para 2%. Com este mesmo índice, a medida está em discussão nas cidades de Manaus (AM), Fortaleza (CE) e Recife (PE). 

Na capital pernambucana, por exemplo, representa uma redução de 60%, saindo de 5% para 2% durante um ano. Esperamos que essa tendência de fomentar a retomada do setor se espalhe para outros municípios brasileiros. Temos participado em todo o país de conversas com os poderes legislativo e executivo para que as empresas do setor tenham suporte tributário para superar as perdas do longo período de paralisação. Só assim conseguirão retomar as atividades com a mesma força do período pré-crise. 

Já provamos que o segmento pode impactar a economia imediatamente, gerando receita e oferecendo oportunidade de trabalho para todas as camadas da sociedade. 

Doreni Caramori Júnior é empresário e presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE


Conteúdo Empresarial

Assessoria de Imprensa – ABRAPE
Conteúdo Empresarial – Comunicação Integrada 


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