Postagens citando Bolsonaro e ONU geraram 1,7 milhão de interações no Twitter, Instagram e Facebook
A passagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) por Nova York, onde fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, impactou as redes e trouxe manifestações favoráveis e contrárias ao Chefe do Executivo. Análise feita por meio do software da Vox Radar, empresa especializada na análise das redes sociais, mostra que Bolsonaro foi citado em 10 mil postagens no Twitter junto ao termo ‘ONU’ a partir das 10h da terça-feira (20), quando começou a Assembleia, até 9h desta quarta-feira (21).
Além das palavras mais óbvias, como ‘presidente’, ‘assembleia’ e ‘Brasil’, a palavra mais citada associada a Bolsonaro e ONU foi ‘Lula’, em 1205 ocasiões. Em seguida, aparece ‘vergonha’, utilizada 1057 vezes. Também se destacou o termo ‘corrupção’ (580 vezes), que foi utilizado, sobretudo, em postagens citando justamente o ex-presidente petista, uma vez que perfis bolsonaristas associaram o “fim da corrupção sistêmica” citado por Bolsonaro em seu discurso a Lula.
Outra palavra de destaque foi ‘mundial’, utilizada em 541 menções a Bolsonaro na ONU. Via de regra, ela entrava no contexto da “vergonha mundial” citada por opositores do atual presidente que se referiam ao discurso.
Já o termo ‘eleitoral’ foi utilizado em 553 postagens, em várias ocasiões utilizado no contexto de “campanha eleitoral” ou “palanque eleitoral” por críticos do presidente. Também ganhou destaque por conta da ida do PDT ao TSE para impedir o uso do discurso da ONU no guia eleitoral de Jair Bolsonaro.
Impacto de milhão
Ao todo, levando em conta posts, likes, compartilhamentos e comentários, o contexto de Bolsonaro na ONU gerou aproximadamente 1,7 milhão de interações nas redes. A maior parte ocorreu no Instagram (844 mil), já no Facebook foram 231,4 mil interações, enquanto no Twitter, 630,5 mil.
Nesta última rede, a Vox Radar verificou o preferência política manifestada por quem postou sobre Bolsonaro na ONU. A maioria foi de bolsonaristas (35,6%), em seguida estão perfis não polarizados, com 35,4% do total. Quem manifesta preferência pela esquerda foi equivalente a 19,5% do total, enquanto 9,5% são identificados com a direita fora do bolsonarismo.
Lauro Rocha
Assessor de Imprensa
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