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Como será a festa de 170 anos da Catuíra?

Foto captura de vídeo digitalizado: Festa do Sesquicentenário da Catuíra organizada pelo prefeito na época Sérgio Biasi Silvestri

O centésimo septuagésimo aniversário da comunidade alfredense mais antiga, Catuíra, será em menos de 1 ano, pois foi em 8 de novembro de 1853 que Dom Pedro II rubricou o decreto histórico dando sua chancela para a instalação de uma colônia Militar aos pés do Morro do Trombudo.

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Os caminhos para Lages passavam pelo Morro do Trombudo, localizado entre Bom Retiro e Alfredo Wagner. Ali, um grupo de soldados com suas famílias se estabeleceram em 19 de Janeiro de 1854, vindos de Desterro. (Veja a lista de nomes destes soldados)

O clima chuvoso e constantemente úmido fez com que o primeiro diretor da Colônia Militar decidisse mudar o território para a margem direita do Rio Itajaí do Sul, onde hoje é a Catuíra. A margem esquerda era ocupada por terras de Serafim Muniz de Moura, um dos companheiros de Garibaldi na Guerra dos Farrapos e que em boa hora, desistiu de apoiar o rebelde italiano.

A Colônia Militar Santa Teresa cumpriu integralmente com o objetivo de sua fundação: proteger e dar pouso a tropas e tropeiros que subiam e desciam a Serra Catarinense em direção a Lages ou a Capital da Província, Desterro.

Pouco antes do fim do Império, a Colônia Militar já era um dos Distritos mais desenvolvidos de São José, tendo telegrafo, correios, entreposto comercial, livrarias, etc. Vereadores eleitos pelos moradores da Colônia Militar participavam ativamente em sessões da Câmara na sede do município.

O território da Colônia Militar teve grande expansão ao longo de sua existência, a ponto de ser necessário negociar com os herdeiros de Serafim Muniz de Moura a troca por outras terras nas proximidades.

A Colônia Militar era também o local escolhido para o entroncamento da estrada de ferro que uniria Desterro a Rio do Sul, tendo Lauro Muller publicado edital para concessão nos jornais da época.

Um caso de amor, foi o pivô no qual giraram os acontecimentos que fizeram a ex-Colônia Militar perder seu prestígio e preponderância.

A desavença começou quando Vitor Konder terminou o noivado com Ruth Ramos, irmã de Nereu Ramos, a poucos meses do casamento. O prólogo do drama é resumido pelo ex-governador Jorge Konder Bornhausen, num trecho da sua biografia: “O noivado de Victor e Ruth ia muito bem até que, um belo dia, Marcos Konder, irmão mais velho, viaja inesperadamente a Lages para uma grave comunicação ao coronel Vidal, pai de Ruth e a quem seu irmão Victor havia pedido a mão da namorada de forma cerimoniosa e festiva. ´Victor pede dispensa do compromisso matrimonial assumido e manda dizer que não pretende mais casar com Ruth´. Victor não alegava motivo, era uma decisão de foro íntimo”. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/brasil/a-historia-politica-do-brasil-republicano-regiao-sul/

Santa Teresa, como passou a ser chamada após a emancipação, aderiu ao clã dos Konder, enquanto Barracão aderia aos Ramos, aliados de Getúlio Vargas. Uma verdadeira guerra deflagrou-se nos limites do que hoje é Alfredo Wagner, com movimentação de tropas, declarações belicosas e tiros, inclusive. Segundo consta, não houve mortos ou feridos, mas…

Tendo Getúlio Vargas vencido, seus aliados souberam castigar os seguidores dos Konders, relegando Santa Teresa ao esquecimento.

Quando em 1953 a Catuíra comemorou seu Centenário, uma grande e brilhante festa foi organizada pelos moradores. Nesta época, a localidade ainda tinha comércio atuante e grande atividade, embora, politicamente estivesse no ostracismo.

Convidou-se o Governador, o Arcebispo, Deputados, etc. Ninguém foi! Mandaram representantes que não possuíam prestígio político eminente.

Quando em 2003 nova festa foi realizada para a comemoração dos 150 anos, dois dias de festas foram organizadas pelo então prefeito Sérgio Biasi Silvestri. Dom Tito Buss veio visitar a comunidade celebrando missa festiva, Deputados estiveram presentes, destacando especialmente Rogério Peninha e João Matos, na época, Deputados Estaduais.

E em 2023? Como serão as comemorações?

Com certeza os festejos religiosos contarão com a presença de nosso Bispo Dom Onécimo, e também receberemos o nosso governador, eleito com considerável número de votos de alfredenses. Certamente serão convidados os soldados do Batalhão ao qual pertencia a Colônia Militar, que tão brilhantemente se fizeram presentes na festa dos 150 anos.

Detalhes sobre tão magna festa, com certeza serão definidos ao longo do ano e a cada passo iremos informar nossos leitores.

Veja como foi a festa dos 150 anos nesta linda recordação:


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