Em época de crise financeira, que afeta diferentemente aos países, busca-se formas de recuperação. Nas repúblicas modernas essas formas nunca passam pela redução do custo da máquina política. Pelo contrário, faz-se um aumento de impostos para que o cidadão que trabalha e produz sustente as mordomias daqueles que administram o estado.
O que normalmente é hábito nas Repúblicas, durante o Império do Brasil não ocorria. E Dom Pedro II era o exemplo que todos seguiam!
Em muitas ocasiões em que o Tesouro Nacional se encontrava em dificuldades, devido a custos públicos, guerras, investimentos, o primeiro a se sacrificar era o próprio Imperador que tomava a iniciativa de reduzir seu salário. A iniciativa, levava o governo que administrava no momento, a fazer o mesmo, seguindo o exemplo de Dom Pedro II.
É bom lembrar que Dom Pedro apoiava as artes e muitos artistas viviam de bolsas de estudo que o Imperador pagava do próprio salário.
Neste sentido é bonita a iniciativa contada por Afonso Celso de Assis Figueiredo, Ministro da Fazenda de 8 de fevereiro de 1879 a 28 de março de 1880 e publicada no jornal catarinense “O Despertador” em 11 de março de 1879, em que Dom Pedro II informa que em vista da situação do Tesouro e para restabelecer as finanças, abriria mão de parte de seu salário. O governo, informa Afonso Celso, faria o mesmo.
São exemplos que deveriam ser seguidos pelos políticos atuais, começando por Lula… mas alguém acha que isso acontecerá?
