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Agricultores estão comprando menos máquinas. Por quê?

As vendas de máquinas e equipamentos agrícolas registraram queda em 2023

AGROLINK –Aline Merladete

As vendas de máquinas e equipamentos agrícolas registraram queda em 2023. Segundo análise do consultor Luiz Antonio Pinazza, do Portal Agrolink, o setor registrou uma redução no faturamento, passando de R$ 94 bilhões em 2022 para R$ 77 bilhões em 2023, uma queda de 22%.

De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Agrícolas (Abimaq), foi o segundo ano consecutivo de perdas nas vendas no país. Em 2022 os fabricantes registraram faturamento 6,9% menor em relação ao ano anterior.  Os números revelam uma diminuição tanto nas vendas internas quanto externas de tratores e colheitadeiras. No mercado internacional, após um vigoroso retorno pós-pandemia no segundo semestre de 2021, as demandas começaram a perder força ao longo de 2022, impactando as cotações das commodities.

A percepção dos resultados negativos no mercado nacional começou a ser sentida em novembro de 2022. Programas como o Moderfrota, do Plano Safra 2022/23, demonstraram sinais de esgotamento dos recursos, afetando as vendas. Três fatores principais contribuíram para a queda nos negócios em 2023, conforme apontado por Pinazza: o aumento na taxa de juros impulsionada pela SELIC, a preferência dos agricultores por créditos pré-fixados em prazos mais longos e a escassez de recursos do Plano Safra 2023/24 para atender às demandas com taxas de juros adequadas.

A conjuntura persiste em 2024, com taxas de juros elevadas e uma queda nas cotações de importantes commodities agrícolas. Isso reflete diretamente na renda dos produtores e nos investimentos no setor de máquinas agrícolas. As vendas de tratores e colheitadeiras estão intimamente ligadas ao desempenho do mercado de produtos agrícolas.


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