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3 mistérios sobre Alfredo Wagner não resolvidos!

1º Mistério: O que teria expulso os primitivos habitantes de Alfredo Wagner?

Em 1965 o Pe. João Alfredo Rohr foi informado1, da existência de um sítio arqueológico com artefatos de madeira e fibra em nosso município, relativamente bem conservados (o que era extremamente raro, como afirma o Pe. Rohr). A informação foi acompanhada de peças encontrados no local, como trançado de fibra de imbé, artefato de madeira em forma de muleta, machado ou raspador de pedra.

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O local fazia parte de um pântano que fora drenado para utilização do barro na Olaria do Sr. Balcino Matias Wagner. O Pai da Arqueologia catarinense, Pe. Rohr, fez uma primeira visita em 1966 voltando no ano seguinte para as pesquisas e concluindo, no final delas, que um evento geológico, possivelmente um desmoronamento, obrigou os primitivos habitantes a abandonar o sítio as pressas, deixando seus pertences para trás. Razão por ter sido preservado pelo tempo.

O primeiro mistério da história de Alfredo Wagner é este: que evento geológico ocorreu a mais de 3 mil anos que alterou a conformação destas terras, expulsando daqui seus primitivos moradores?

Pesquisas geológicas e arqueológicas devem ser direcionadas para a solução deste mistério. Só assim saberemos o que aconteceu!

2º Mistério: Quem foi o Soldadinho?

Pouco se sabe o Soldado que morreu congelado na comunidade hoje conhecida como Soldadinho em fins do século XIX. Um nome encontrado em mapa antigo menciona: “Aqui morreu de frio o Soldado José”.

Numa noite de forte nevasca, soldados voltavam para a Colônia Militar Santa Teresa quando um deles, mais velho e doente, foi ficando para trás enquanto caia forte nevasca. Quando seus companheiros se deram conta, ele já havia se perdido e a noite escura e fria os impediu de voltar para procurá-lo.

No dia seguinte voltaram e o encontraram congelado, tentando acender um fogo, junto a um grande pinheiro. Ali mesmo o enterraram e começou uma forte devoção a este soldado, com pedidos de intercessão junto a Deus. Devoção que chega até os dias de hoje!

A identidade do Soldado José se perdeu, tendo sido apagado de seu túmulo até mesmo o nome.

Seria ele o 2º Sargento José Joaquim de Oliveira, escrivão da Colônia Militar por mais de 20 anos, militar honrado, um dos primeiros a chegar em 1854 e que permaneceu aqui até sua morte?

Para se resolver este mistérios seria necessário uma busca em registros antigos no livro do Tombo da Arquidiocese de Florianópolis onde, provavelmente estará registrada a certidão de óbito deste valoroso soldado.

3º Mistério: A maldição sobre a Catuíra

Os antigos moradores contava de calorosa discussão entre o primeiro pároco da Paróquia Bom Jesus, Frei Agatangelo e diretores da capela da comunidade Catuíra, a antiga e histórica Colônia Militar Santa Thereza.

A discussão teria terminado com um anátema do Frei: “Catuíra crescerá como cola (rabo) de cavalo: para baixo!”

Contada de boca em boca, a “maldição” foi sendo espalhada e hoje é apresentada como causa da estagnação da Catuíra por muitos anos como descreve Juliano Wagner:

Entre fins dos anos 50 e início dos 60, aquela que foi a primeira colônia militar do estado, a sede da primeira capela católica na diocese, o primeiro distrito do município, com população que chegou a superar dois mil habitantes, caiu em desditoso infortúnio. Passou por dois impasses, e perdeu ambos para o incipiente distrito de Barracão, com população inferior e situação econômica notadamente desfavorável: ser sede da paróquia (1958) e ser sede do município (1961).
Paulatinamente, a pujança dos gloriosos tempos pretéritos deu lugar a uma visível decadência: a delegacia e o cartório foram transferidos para a novel cidade de Alfredo Wagner; as fábricas de rebolo, refrigerantes, balas, e as selarias, sapatarias, atafonas foram fechando; o afamado clube extinguiu-se; a população decresceu…
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Como resolver este mistério? Somente pesquisas históricas poderão trazer luz à esta versão do anátema sobre a comunidade. Mais uma vez, o livro do Tombo, desta vez da Paróquia Santo Estevão, de Ituporanga (em virtude do livro do Tombo da Paróquia Bom Jesus estar desaparecido), poderá esclarecer este mistério. Todos os aspectos da vida eclesial estão relacionados. Uma maldição, com certeza, estaria lá mencionada.

  1. Informação transmitida pelo chefe do Setor de Contabilidade Pública do Centro de Treinamento de Estudos contábeis da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, Dr. Luis Henrique Batista. https://jornalaw.com.br/2017/09/29/o-sitio-arqueologico-de-alfredo-wagner/ []
  2. Juliano Norberto Wagner, https://carolpereiraa.blogspot.com/2016/04/a-maldicao-da-catuira.html []

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