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O Censo na sua rua: IBGE publica resultados com maior nível de detalhe territorial

O IBGE realizou nesta quinta (21/3), em Florianópolis, a Oitava Divulgação do Censo Demográfico 2022, sétima divulgação temática, Agregados por Setores Preliminares – População e Domicílios e Malha de Setores Censitários Preliminares. O evento ocorreu no auditório da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Grandfpolis) e contou com a presença de representantes de 58 órgãos e instituições públicas e sociais, e um público de cerca de 500 pessoas que acompanharam online pelas redes oficiais do Instituto. Os resultados completos da divulgação podem ser acessados aqui e a gravação do evento aqui.

Representando o presidente do IBGE, o diretor de Tecnologia da Informação, Marcos Mazoni, agradeceu as representações do estado pela presença e recepção e falou sobre a importância de trabalhar a eficiência das pesquisas. “Precisamos pensar em políticas públicas que qualifiquem a vida do povo brasileiro. É com muita satisfação que estamos apresentando os resultados e poder ouvi-los também para que possamos nos aprimorar no sentido de enxergarmos melhor a realidade da nossa sociedade e tirar os sombreamentos que inibem condições de políticas públicas para as pessoas que mais precisam dessas pesquisas.”

Marcos Mazoni, diretor de Tecnologia da Informação, representou o presidente do IBGE – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

Na abertura da divulgação, Ivone Lopes Batista, diretora de Geociências, explicou a importância dos dados e agradeceu as equipes do Instituto que participaram do Censo. “Os setores censitários são a unidade operacional de coleta e operação dos dados censitários. Quando olhamos para estes desenhos, olhamos para as regiões mais densamente ocupadas e para onde a população vai caminhando. Esses dados permitem analisar a distribuição da população. Não só os satélites, mas as equipes do IBGE espalhadas pelo país, nos permitiram trazer este retrato da dinâmica da movimentação da população”, disse Ivone.

A diretora de Pesquisas, Elisabeth Hypolito, uniu aos seus agradecimentos uma breve provocação sobre o propósito do trabalho: “Sabemos que o Censo é um dos produtos mais aguardados porque produz informações municipais e intramunicipais. Hoje a gente divulga em um nível intramunicipal. Não basta ter uma fotografia, a gente precisa ter uma fotografia para ver como vamos pensar as melhorias.”

A diretora de Geociências, Ivone Batista, ao lado da diretora de Pesquisas, Elizabeth Hipólito, agradeceu as equipes do IBGE que participaram do Censo – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

Fernando Damasco, técnico da coordenação de Estruturas Territoriais, iniciou a apresentação dos resultados com um apanhado histórico da evolução da Malha dos Setores Censitários a cada década desde 1940 até as inovações do Censo 2022, que pela primeira vez trouxe uma malha trabalhada a partir dos dados da coleta. “Os últimos resultados mostram que a população tem diminuído o ritmo de crescimento, enquanto a malha vem de uma trajetória de crescimento exponencial. Entre 2000 e 2020, nós dobramos o número de setores censitários, o que reflete tanto as melhorias e os aperfeiçoamentos tecnológicos como a própria dinâmica da produção domiciliar no país e a preocupação do Instituto de oferecer recortes cada vez mais desagregados, confiáveis em nível de detalhe com qualidade posicional.”.

Fernando Damasco, técnico da coordenação de Estruturas Territoriais – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

Na sequência, o coordenador técnico do Censo Demográfico, Raphael Moraes, apresentou algumas possibilidades de uso dos dados agregados de maior detalhamento espacial aos gestores públicos de planejamento, sobretudo como subsídio a estudos e pesquisas de caráter local. Exemplificou com recortes além das divisões político-administrativas, em áreas de interesse possíveis de ser separadas através da seleção de setores: o entorno de uma rua, de um morro (área de risco), faixa de fronteira e faixa litorânea, o raio a partir de um ponto que pode ser um comércio, uma escola, um hospital, etc.

“O principal propósito desta divulgação é fazer com que a sociedade tenha acesso, com maior rapidez, a informações em níveis territoriais mais detalhados obtidas pelo Censo 2022, sempre preservando a confiabilidade dos dados. Podem existir divergências entre as feições, os limites e atributos representados na versão preliminar e aqueles de sua versão definitiva”, destacou o pesquisador Raphael Moraes.

Raphael Moraes ponderou que podem haver pequenas divergências entre a versão preliminar e a definitiva que será divulgada no segundo semestre – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

Autoridades catarinenses estaduais e municipais recebem e validam trabalho do IBGE

Após a apresentação, foi composta uma mesa de autoridades. O anfitrião, Vitor Norberto Alves, prefeito de Leoberto Leal e vice-presidente da Grandfpolis, colocou-se à disposição para futuros eventos e reforçou a parceria com o IBGE. “Ficamos felizes em saber do diagnóstico dos municípios para tomar algumas decisões. Não posso deixar de dizer que o meu município é pequeno e neste Censo nós tivemos uma defasagem na população. Para um município pequeno, perder 50 famílias reflete muito na economia e faz falta para o município, mas é a partir dos dados que nós sabemos também onde precisamos melhorar.”

O superintendente do IBGE em SC, Roberto Kern Gomes, começou dizendo que “Ver este auditório lotado é um prestígio e mostra a importância que o IBGE tem para a sociedade.” Abordou alguns dados da coleta, reverenciou a equipe de servidores do Instituto e reforçou a importância das parcerias: “Em SC, 15,4 mil setores foram coletados por 6,7 mil recenseadores. O IBGE está às vésperas de completar 88 anos e fazemos o Censo desde 1940. Temos expertise, vocês viram a qualidade técnica do nosso pessoal, mas não se faz Censo sozinho. Por isso, ter o apoio de todos que estão aqui hoje é fundamental. Eu tinha umas 40 pessoas para citar pela ajuda na organização. A prefeitura de Florianópolis, por exemplo, está em peso aqui hoje. Não fossem os governos do estado e a prefeitura cedendo as suas salas de aula nas férias, nós não teríamos conseguido treinar todo esse pessoal. Assim como muitos prefeitos, a polícia militar em questões de segurança, a Cufa que auxiliou a chegar às favelas, a Fecam, a Grandfpolis, entre tantos outros”.

O superintendente de SC, Roberto Kern, afirmou que o Censo é a principal fonte de dados do IBGE, fundamentais para as políticas públicas – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

O Secretário de Planejamento do Estado de SC, Edgard Usuy, representando o governador, iniciou direcionando-se ao diretor de Tecnologia, na ocasião representando o presidente do IBGE: “Marcos, quando vejo a Ivone, a Elisabeth, o Roberto e os técnicos falarem eu preciso deixar o meu agradecimento pessoal e em nome do governador do estado de oferecer de forma tão substancial como matéria-prima para que a gente possa exercer o nosso trabalho. Hoje não há espaço para não trabalhar com dados. Entendo que, independente de partido todos têm o propósito de melhorar a vida das pessoas e ter isso tão bem detalhado nos ajuda e impulsiona.”

O secretário de Planejamento de SC, Edgard Usuy também participou da divulgação, ao lado do diretor de Tecnologia da Informação, Marcos Mazoni, que representou o presidente do IBGE – Foto: Daniel Pitthan

O secretário prosseguiu abordando algumas questões locais: “Nós somos um estado pequeno, mas somos a décima economia do Brasil. Temos o menor índice de desocupação do Brasil, uma boa projeção do PIB e somos o estado mais seguro do país. Porém, SC em 2023 foi o segundo estado que mais recebeu imigrantes. Para onde eles vão, qual impacto que isso vai causar? Precisamos saber que ações e políticas públicas devemos adotar para recebê-los. Pensar em políticas públicas preventivas para manter os nossos dados para cima.”. Por fim, falou ainda da preocupação do governo com os municípios e regiões pequenas: “Quando descemos no nível do dado intramunicipal, nós conseguimos pensar no menor, no que mais precisa da atuação do estado como apoio.

Em nome do prefeito de Florianópolis, a secretária de turismo Zena Becker, citou a importância dos dados nas ações da prefeitura: “O IBGE é sem sombra de dúvida uma entidade com uma credibilidade muito grande. Há pouco tempo estávamos fazendo um levantamento de idosos no centro, por exemplo, onde tem um grande número, e por isso foi decidido fazer ali um centro de atendimento à pessoa idosa. Quando temos um número real, que o IBGE levanta e disponibiliza, não tenho dúvidas de que nós vamos acertar cada vez mais. A nossa plataforma está preparada para receber todos os dados e contem sempre com a prefeitura de Florianópolis no que for preciso.”.

A secretária de turismo Zena Becker citou a importância dos dados nas ações da prefeitura – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

Por fim, o diretor-executivo da Fecam, Adriano Caldas, completou: “A Fecam representa os 295 municípios catarinenses e me deixa feliz que a divulgação vem ao encontro dos trabalhos que tem sido desenvolvidos pela instituição. A Grandfpolis tem trabalhado alguns aspectos do adensamento da região metropolitana, então esses dados são importantes para que possamos criar as políticas públicas não só de mobilidade, mas saúde e segurança pública. Como eu me sinto pertencente dessa região, eu gostaria de agradecer o IBGE por iniciar aqui na Grandfpolis e também ao prefeito Vitor por aceitar ceder o espaço, e gostaria de terminar agradecendo novamente ao IBGE.”.

A divulgação do Censo em Santa Catarina reuniu técnicos do IBGE, gestores públicos e representantes da sociedade no auditório da Granfpolis – Foto: Daniel Pitthan/IBGE

Na plateia de todo o evento, estavam presentes: o secretário de Planejamento do Estado, os prefeitos de Paulo Lopes, de Leoberto Leal, de Nova Trento, de São Pedro de Alcântara, de Garopaba, o vice-prefeito de Major Gercino, os presidentes das Câmaras de Rancho Queimado e de São Bonifácio, os Superintendentes do Ministério da Saúde e da SPU, vereadores, o presidente da Central Única das Favelas (CUFA) e representantes do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), do CDL, da Polícia Militar de SC, do Crea-SC, da Associação dos síndicos de SC e do Instituto Comunitário da Grande Florianópolis (ICOM).

Além da Granfpolis, o IBGE também teve como parceiros para a realização da divulgação e dois eventos paralelos (Diálogos Externos e Oficina de Ferramentas Digitais) a Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina (FECAM), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS), além do Ministério do Planejamento e Orçamento e do Governo Federal.

Editoria: IBGE | Elaine Manini e Breno Siqueira


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