“Se o Copom não aumentar a taxa, a pressão inflacionária pode se intensificar devido à desvalorização do real e ao aumento dos preços de produtos importados.”
“Dado o cenário atual de recorrente aumento do dolar é provável que o COPOM considere um aumento da SELIC para conter a pressão inflacionária causada pela desvalorização do real. Nessa conjuntura, o endurecimento do discurso do COPOM indica uma abertura para essa possibilidade. Caso a SELIC não seja elevada, mas o dolar siga fazendo movimentos de alta, a inflação pode acabar sendo instigada e isso impactaria consideravelmente o poder de compra do brasileiro. Em caso de uma nova alta da SELIC, o governo provavelmente criticará o aumento, argumentando que a medida prejudica o crescimento econômico e o investimento. Poderá haver pressões políticas sobre o COPOM para reconsiderar futuras elevações, além de possíveis medidas compensatórias para mitigar os efeitos negativos sobre a economia real.”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos
“Com o dólar chegando a R$ 5,60, o Copom pode optar por aumentar a Selic na próxima reunião para conter a inflação, que pode ser pressionada pela alta dos custos de importação. Esse ajuste, no entanto, pode tornar o crédito mais caro e frear o crescimento econômico, algo que preocupa tanto as famílias quanto as empresas. Se o Copom decidir manter a Selic como está, o país pode enfrentar uma inflação mais alta e um mercado cambial instável.”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equss Capital
“Há uma possibilidade de aumento da Selic na próxima reunião do COPOM. O Copom endureceu seu discurso recentemente, mencionando que “segue vigilante” e que ajustes na taxa básica podem ser necessários para garantir a convergência da inflação à meta. A desvalorização do câmbio e a piora nas expectativas de inflação pressionam o Banco Central a adotar uma postura mais agressiva. Uma nova alta da Selic pode encarecer o crédito, desincentivando o consumo e os investimentos, o que ajudaria a conter a inflação. No entanto, pode também frear o crescimento econômico e aumentar o desemprego. Se o Copom não aumentar a taxa, a pressão inflacionária pode se intensificar devido à desvalorização do real e ao aumento dos preços de produtos importados. Isso pode minar ainda mais a confiança dos investidores e aumentar a volatilidade no mercado financeiro. O governo Lula provavelmente criticará uma nova alta da Selic, dado que já houve várias manifestações de descontentamento com os atuais níveis de juros. A administração pode argumentar que taxas mais altas dificultam a recuperação econômica e o cumprimento de promessas sociais. No entanto, a postura do governo em relação ao Banco Central pode continuar influenciando negativamente a percepção do mercado sobre a condução da política econômica”, André Colares, CEO da Smart House Investments
“O recente movimento do dólar tem gerado bastante preocupação. Há um mês, quando o dólar começou a subir, era claro que a alta estava relacionada a ruídos nos discursos políticos, e que assim que esses discursos cessassem, o dólar retornaria à sua zona de conforto. Agora, a preocupação é maior e a incerteza sobre o futuro do dólar persiste. Esse movimento externo atual, impulsionado pelo “carry trade”, não é facilmente previsível e está impactando a economia brasileira de maneira significativa. Com o dólar ultrapassando R$ 5,60, a curva da taxa SELIC precisaria alcançar 11% para compensar, refletindo a influência de fatores internacionais sobre a economia local. Embora um aumento da SELIC de 10,5% para 11% não altere drasticamente o custo do crédito para os tomadores individuais, o verdadeiro impacto está na percepção dos investidores e na confiança da indústria. O aumento dos juros pode elevar a inflação e desencorajar novos investimentos, gerando um efeito psicológico mais profundo. Enquanto indivíduos podem aproveitar a estabilidade das taxas pré-fixadas, como no financiamento de veículos, para empresas e grandes investidores, o medo de juros crescentes pode inibir decisões de investimento e causar incerteza econômica. Assim, o efeito é mais psicológico e preocupante do que o mero ajuste de 0,5%.” Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike
“Com o dólar atingindo R$ 5,60, cresce a expectativa de um possível aumento da SELIC na próxima reunião do COPOM. O comitê tem endurecido seu discurso recentemente, sinalizando uma possível alta para controlar a inflação e estabilizar a moeda. A valorização do dólar pressiona a inflação, já que muitos bens e insumos são importados, elevando os preços internos e forçando o Banco Central a considerar a elevação da SELIC. Se a taxa de juros for aumentada, isso pode ajudar a controlar a inflação ao tornar o crédito mais caro, reduzindo consumo e investimentos, além de atrair capital estrangeiro e valorizar o real. Contudo, uma SELIC mais alta também pode desacelerar o crescimento econômico e dificultar o financiamento de investimentos para empresas e consumidores. Por outro lado, se o COPOM optar por não aumentar a taxa, a inflação pode continuar subindo, prejudicando o poder de compra e aumentando o custo de vida, além de pressionar ainda mais o real e tornar o dólar mais caro. No entanto, manter a SELIC estável poderia estimular o crescimento econômico a curto prazo, mantendo o crédito acessível e incentivando consumo e investimentos, inclusive no setor imobiliário. A reação do governo Lula a um possível aumento da SELIC deve ser observada com cuidado, no entanto, o governo pode reconhecer a necessidade de controlar a inflação para garantir a estabilidade econômica a longo prazo.”, Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest
“Com o dólar batendo R$ 5,60, a pressão inflacionária aumenta, e o COPOM pode ser forçado a considerar um aumento na taxa SELIC na próxima reunião. Embora o comunicado recente tenha sido mais duro, não sinalizou explicitamente uma alta iminente. No entanto, dados os riscos fiscais e a desvalorização do real, um aumento na SELIC poderia ser uma medida preventiva para conter a inflação e estabilizar a moeda. Se o COPOM decidir aumentar a SELIC, isso pode levar a uma desaceleração da atividade econômica devido ao encarecimento do crédito. Por outro lado, se a taxa não for aumentada, a inflação pode sair do controle, prejudicando ainda mais o poder de compra das famílias e a competitividade das empresas. O governo Lula, preocupado com o crescimento econômico e o impacto social dos juros altos, provavelmente criticará uma nova alta, mas pode se ver obrigado a implementar medidas fiscais mais rigorosas para conter o déficit e tentar manter a estabilidade econômica.”, Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações
Descubra mais sobre Jornal Alfredo Wagner Online
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.