Encontrando vida na morte: a história de Nathan
Vítima de um aborto espontâneo com apenas 13 semanas e 4 dias, o pequeno Nathan recebeu de sua família todas as honras de um funeral.
De acordo com a legislação do Texas, Nathan Isaiah ainda não tinha idade ou peso suficientes para precisar de uma certidão de óbito. Vítima de um aborto espontâneo com apenas 13 semanas e 4 dias, mesmo assim, este pequeno ser recebeu, de sua família, todas as honras de um funeral.
Foi usando um aparelho para ouvir as batidas do coração do bebê que Allison e Daniel – ambos de 28 anos – perceberam haver algo de errado com seu filho. Diferentemente das outras vezes, Nathan estava estranhamente silencioso. Após dois dias procurando por suas batidas cardíacas, sem sucesso, o casal correu imediatamente para uma Unidade de Emergência. "Eu não podia esperar mais para descobrir o que estava acontecendo com meu bebê", diz Allison.
Horas depois, no hospital, os pais recebem a terrível notícia. "O médico finalmente apareceu e disse a mim e ao Daniel que nosso bebê não estava se mexendo e não tinha batidas", relata a mãe. "Ele disse que, embora eu devesse estar com 15 semanas, o bebê estava medindo tanto quanto media com 13 semanas e 4 dias". Naquele momento, confessa Allison, " eu senti como se o meu coração parasse de bater com o do meu bebê".
Em casa, após o choque, Allison foi amparada não só por sua família, mas por sua fé. "Eu sei que o Senhor me deu uma paz além do meu entendimento naquela hora. Sentia como que uma calma e uma tranquilidade diante do Senhor", conta. "Não sabia o que esperar, nem o que devia fazer naquela situação. Tudo o que sabia era que eu não queria soltar a mão de Deus. Eu sabia que Ele estava bem ali comigo. Sabia que Ele estava chorando comigo, que eu podia confiar n’Ele."
Consciente de que teria que retirar Nathan de seu corpo, Allison começa a preocupar-se. Sua irmã, Amy, revela que ela "não queria alguém simplesmente ‘sugando o corpo do seu bebê para fora’, que aquele pequeno merecia uma honra maior do que essa". " Eu não queria meu bebê desfeito em pedaços como em um procedimento de aborto e descartado em algum cesto de lixo como se não tivesse nenhum valor", diz Allison. "Eu queria ficar com meu bebê, levá-lo para casa e dar-lhe a dignidade de um funeral."
Confirmado o aborto espontâneo na semana seguinte, ela consegue, providencialmente, ter o seu filho em trabalho de parto. Depois de 13 semanas, um procedimento de dilatação e curetagem não era tão eficaz para retirar tudo o que precisava ser retirado de seu organismo. "Eu precisaria ser induzida e ter o bebê no hospital em trabalho de parto. Uma onda de satisfação, gratidão e alívio inundou o meu coração!", ela conta. "Fosse quatro dias mais cedo, o corpo do meu bebê possivelmente seria submetido a horrores indescritíveis e descartado como lixo."
Já na sala de parto, depois de ser induzida, esta jovem mãe recusa quaisquer medicações para a dor. "Eu queria sentir a dor e deixar que a realidade daquele momento me atingisse. Queria estar bem presente e sentir cada contração. Via como uma honra sentir as dores de parto pelo meu filho". Depois de várias horas na sala de parto, o corpo de Nathan finalmente vem à tona. A origem do nome é bíblica. Significa "presente de Deus", porque, diz Allison, "Nathan foi um grande presente de nosso Senhor".
Apesar da dor da perda, sua mãe Allison, seu pai Daniel e seu irmão Matthew, de dois anos e meio, têm razões de sobra para encontrar vida na morte prematura de seu filho. "Eu chorei quando o vi pela primeira vez", conta Allison. "Amei-o desde o momento em que soube que ele era meu."
A experiência fez a família respeitar e ter ainda maior consideração pela vida humana. "Seu pequeno corpo era tão perfeito, com dez dedinhos nas mãos e dez dedinhos nos pés. Tinha um nariz, uma boca, dois olhinhos e ouvidos", descreve a mãe. " Ninguém pode negar que aquele bebê de 13 semanas e 4 dias era um bebê".
Após todo o procedimento, o corpo de Nathan foi levado para casa e enterrado, no leste do Texas, onde Allison e Amy cresceram. Lendo as Sagradas Escrituras e agradecendo a Deus pela vida que puderam conhecer, toda a família se reuniu para sinalizar "a importância de uma vida que muitos desprezariam".
É verdade, são muitos os que negam a humanidade do nascituro, relegando-o como um mero "aglomerado de células". As impressionantes imagens da vida de Nathan, no entanto, apontam para uma direção oposta: a vida é realmente um dom precioso de Deus, desde o primeiro e significativo momento de sua concepção.
Fonte: LiveActionNews.org | Tradução e adaptação: Equipe Christo Nihil Praeponere
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