Caminhando pelas ruas da cidade já vemos, no comércio e em alguns edifícios, símbolos do NATAL. E, à medida que nos aproximamos do NATAL, vamos percebendo gradativamente uma explosão de luz e beleza em todos os recantos da cidade, na periferia e no centro, que nos levam diretamente ao prólogo do Evangelho de São João: “E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la” (Jo 1,5).
Quando parece que estamos sendo dominados pelas trevas de um ano perdido, projetos não concretizados como queríamos, cansados pelo trabalho, pelas dificuldades da família e pela correria que o atual ritmo de vida nos impõe, deparamo-nos com a Luz que vence as trevas e sentimos como que uma mão estendida a nos dar novo vigor.
Quando estamos desanimados pelo caminho pastoral percorrido porque achamos que fizemos tão pouco ou que as pessoas não estão acolhendo a mensagem e somos tentados pelas trevas a fazer aquela triste promessa – “este é o meu último ano de dedicação pastoral, vou fazer como muitos, vou somente participar da santa Missa” – nos encontramos com a Luz que ilumina a partir da gruta de Belém. E experimentamos em nosso cotidiano como a Palavra de Deus é eficaz, realiza o que promete, é atual, porque as trevas interiores e exteriores, neste ano, não conseguiram dominar a Luz (Jo 1,5). Jesus, a Luz do mundo, continua vencendo e será sempre vitorioso.
E somos convidados, neste tempo que antecede o Natal, a voltar nossos olhos para a gruta de Belém, onde podemos fixar o olhar interior em Cristo e receber as graças que fortalecerão nossa caminhada.
Um caminho espiritual para fixar os olhos na gruta de Belém é a montagem do presépio na casa e na Igreja. Em torno do presépio poderemos saborear em família a Luz que nos dá de braços abertos o Menino Jesus. “Aquele Menino que nos recorda que os olhos de Deus estão abertos para o mundo e para cada homem (cf. Zc 12, 4). Os olhos de Deus estão abertos para nós porque Ele é fiel ao seu amor!” (Bento XVI).
Assim, a Luz que tem origem na gruta de Belém poderá nos guiar para metas de paz e de prosperidade e nos fará levantar a cabeça para retomarmos com entusiasmo o caminho pastoral e a missão na família, porque esta Luz foi acesa em nosso coração e continuará a brilhar mesmo quando a luz dos edifícios e das praças se apagarem.
Dom Sergio de Deus Borges
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Santana
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