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Desarmamento, renda familiar e sucessão no BNDES, agitam a imprensa brasileira

A semana foi agitada em Brasília. O governo sofreu uma derrota no Senado que derrubou o decretos das armas do Presidente Jair Bolsonaro. A imprensa noticiou o fato com destaque, mas, apenas o Estadão aponta que o Planalto já começa a pensar em um plano B para facilitar o acesso da população às armas de fogo.

O trâmite da reforma da Previdência fez diminuir a “temperatura”com que o noticiário econômico dos jornais tratou da matéria. As reportagens não indicam que a economia corre um grande risco, que as contas estão em perigo e nem a falta de geração de empregos ou de crescimento. Mais uma ves o Jornal O Estado de São Paulo aponta que 22,7% dos lares não têm renda do trabalho.

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Quase um quarto dos domicílios brasileiros viveu sem renda decorrente de trabalho no primeiro trimestre de 2019, revelou um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê melhora para o mercado de trabalho apenas a partir de 2020, se a reforma da Previdência for aprovada este ano. Com o agravamento da crise econômica no País nos últimos anos, está crescendo também o número de pessoas sem trabalho há mais de dois anos.

A proporção dos domicílios sem renda do trabalho – onde se incluem aposentados, Bolsa Família, investimentos em ações, entre outros – subiu de 19% no primeiro trimestre de 2014 para 22,7% de janeiro a março de 2019. Foi o maior crescimento entre todas as faixas de renda pesquisadas pelo Ipea. Já os domicílios que vivem de renda alta pouco se mexeram em cinco anos, caindo de 2,2% para 2,1%.

“Hoje, 22,7% dos domicílios não têm nenhuma renda do trabalho, o que é muita coisa. A crise bateu muito forte no mercado de trabalho e mais fortemente no trabalhador menos escolarizado, com emprego de pior qualidade e esse trabalhador tem sofrido mais com a crise”, explicou a economista Maria Andréia Lameiras, técnica em planejamento e pesquisa do Ipea, órgão ligado ao Ministério da Economia.

O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezzano, nem bem assumiu e já é alvo de reportagens em todos os jornais pela “missão” que deve cumprir. A Folha informa sobre o passado “incivil” do economista que arrombou portas do condomínio onde morava durante uma festa em sua casa. Pelo visto, o assunto ainda vai render algumas matérias nas próximas semanas. Já o Valor Econômico publica entrevista com Paulo Rabello de Castro que afirma não existir “caixa-preta” no BNDES e que a “escolha se dará entre ser um gestor público, honrando o nome do pai dele [Roberto Montezano] ou ser mais um pau mandado”, disse Rabello, que presidiu o BNDES no governo de Michel Temer.

Já as novas revelações publicadas pelo Intercept na noite de ontem foram reproduzidas por todos os jornais, mas com profundidade completamente diferentes. Quem mais reproduziu trechos foi a Folha de S. Paulo que ainda apresenta um texto com dez perguntas não respondidas por Sérgio Moro até o momento.