Diligências requeridas pelo Ministério Público, como perícia em um celular e reconstituição do homicídio de um casal e seu filho de oito anos, foram deferidas.
A Justiça recebeu, nesta quinta-feira (15/8), denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o comerciante acusado por matar uma família em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis. Agora réu no processo, ele responde pelos homicídios de três vítimas, cometidos na última sexta-feira (9/8): um homem, uma mulher e o filho do casal, de apenas oito anos.
A ação penal da Promotoria de Justiça da Comarca de Bom Retiro aponta que os delitos foram por motivo fútil, visto que o denunciado era conhecido das vítimas e tinha desavenças com o casal em decorrência de uma dívida.
As mortes foram provocadas com golpes de instrumento contundente ou corto-contundente na região da cabeça das vítimas. A acusação também atribui as qualificadoras de meio cruel, recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas e o fato de o acusado agir, por duas vezes, de forma a assegurar a impunidade de outros crimes.
Acrescenta, ainda, que uma vítima tinha menos de 14 anos e outra, mais de 60 anos de idade, causas de aumento de pena em caso de condenação.
O Promotor de Justiça Francisco Ribeiro Soares requereu uma série de diligências, deferidas pelo Juízo da Comarca de Bom Retiro, para cumprimento pela Autoridade Policial, no prazo de 15 dias. Entre as medidas, deverão ser realizadas perícias em um celular e em objetos apreendidos e ser promovida a reprodução simulada dos fatos.
A mesma decisão determina a quebra do sigilo de dados telefônicos e telemáticos, em período específico, dos celulares usados pelo réu e pelo casal de vítimas. O acusado está preso preventivamente e encontra-se recolhido no Presídio Regional de Lages. (Autos n. 0000555-83.2019.8.24.0009)
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC.
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