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Papa Francisco: não deixem enfraquecer a tradição do presépio no Natal!

Redação da Aleteia | Dez 04, 2019

O pontífice publicou neste primeiro domingo de Advento a Carta Apostólica “Admirable signum”, sobre o significado do presépio e exorta os fiéis a não permitirem que se enfraqueça o costume

O Papa Francisco publicou neste dia 1º de dezembro, data do primeiro domingo do Advento de 2019, uma nova Carta Apostólica intitulada Admirable signum (“Sinal admirável“, em latim), a respeito do significado e do valor do presépio.No documento, ele exorta os fiéis a não permitirem que se enfraqueça o piedoso costume de montar o presépio no Natal, bem como a fazerem com que ele seja redescoberto e revitalizado nos lugares onde tiver caído em desuso.

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A Carta Apostólica foi assinada pelo Papa no Santuário Franciscano de Greccio, na Itália, lugar onde São Francisco de Assis criou a tradição do presépio no Natal de 1223.

“O presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, ele nos educa para contemplarmos Jesus, sentirmos o amor de Deus por nós, sentirmos e acreditarmos que Deus está conosco e que nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos, graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria”.

O Papa acrescenta:

“Representar o acontecimento da Natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da Encarnação do Filho de Deus. De fato, o presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo em que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a nos colocar espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrirmos que Ele nos ama tanto que Se uniu a nós para podermos, também nós, nos unirmos a Ele”.

“Apoiar a tradição bonita das nossas famílias de prepararem o presépio nos dias que antecedem o Natal e também o costume de o montarem nos locais de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças…”.

Ao falar da razão por que o presépio nos comove tanto, o Papa explica que ele “manifesta a ternura de Deus”. E complementa:

“Diante do presépio, a mente recorre de bom grado aos tempos em que se era criança e se aguardava, com impaciência, a hora de começar a montá-lo. Essas lembranças nos levam a sempre retomar a consciência do grande dom que nos foi dado ao nos ser transmitida a fé; ao mesmo tempo, nos fazem sentir o dever e a alegria de comunicar a mesma experiência aos filhos e netos. Não é importante a forma como se monta o presépio; pode ser sempre igual ou modificada a cada ano. O que importa é que ele fale à nossa vida. O presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se fez Menino para nos dizer o quanto está próximo de cada ser humano, independentemente da condição em que ele se encontre”.