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Deputado Bruno Souza lamenta rejeição do relatório final da CPI da ponte Hercílio Luz

Relatório da CPI das Pontes é recusado por 5 votos de Deputados da ALESC contra 4 votos favoráveis. Segundo Fernando Krelling, deputado do MDB e novo relator “a palavra indiciamento não poderia ter sido utilizada”. Será a 4ª redação do parecer final e votada nesta quarta-feira.

O documento rejeitado foi elaborado sob a relatoria do deputado Bruno Souza (Novo), e pedia o indiciamento de 20 pessoas, a responsabilização de seis empresas e a devolução de R$ 42 milhões aos cofres públicos.

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O novo relator, deputado Fernando Krelling (MDB), foi um dos que votaram contra. Ele tem até esta quarta para aprovar as mudanças no texto que vai ser votado.

O deputado Bruno Souza (Novo) lamenta – e muito – o placar da votação do relatório final da CPI da ponte Hercílio Luz. Mesmo com o resultado, o parlamentar irá encaminhar amanhã o documento para o Ministério Público.

Apresentamos um relatório técnico feito em conjunto desde o início com o Ministério Público de Contas e do Tribunal de Contas. Reforço que não deixamos de entregar a verdade dos fatos. Afinal, foi produzido sem influência política, sem pessoalismos. Lamento quer não o pudemos aprovar tal como o apresentei. Gostaria muito ter entregue este resultado aos catarinenses, que há muito esperam esclarecimentos sobre esta triste história. Foi o que a CPI fez”, afirma o deputado.

Investigação e indiciamentos

A investigação da CPI sobre os contratos da reforma da ponte Hercílio Luz começou em fevereiro deste ano. O parecer final tem 1.842 páginas, sendo quase 400 com o voto do relator. A Comissão concluiu que foram gastos R$ 688 milhões, em valores atualizados, em todos os contratos e aditivos na obra.

Entre os pedidos de indiciamento, estão os de empresários, engenheiros, três ex-presidentes do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), donos de empresas que trabalharam na ponte, servidores públicos e o ex-governador Raimundo Colombo (PSD).

O relatório pedia ainda a declaração de inidoneidade ou a suspensão da atuação em procedimentos licitatórios de seis empresas. Entre os crimes que teriam sido cometidos estão improbidade administrativa, falsidade ideológica, prevaricação, fraude à licitação, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falso testemunho, entre outros, informou a Alesc.

Os R$ 42 milhões pedidos em ressarcimento foram divididos em: R$ 24,6 milhões pelo Consórcio Florianópolis Movimento, R$ 12,2 milhões pela Usimec (referente a contrato de 1982) e R$ 5,2 milhões pela contratação da Steimann, em 1993.


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