A literatura é uma das artes mais importantes do ser humano! Ela traduz em palavras os sentimentos e emoções de determinada pessoa ou coletividade.
Tudo que se possa imaginar foi descrito pela literatura universal. Todos os povos que tem na escrita o meio de perpetuar sua história, transcreveram em termos literários o seu sentir, a sua vivência das emoções.
Um dos povos que mais soube fazer isso, foi o francês.
Xavier de Maistre (Chambéry, 8 de novembro de 1763 — São Petersburgo, 12 de junho de 1852) foi um escritor francês, um livro que ficou famoso Viagem ao redor do meu quarto, e sua continuação, Expedição noturna ao redor do meu quarto. De Maistre teve carreira militar e, em 1792, passou a lutar ao lado dos russos, chegou a patente de general no exército. Em 1805 tornou-se diretor da biblioteca do Museu Real de São Petersburgo. Casou-se também com uma nobre russa, Sophie Zagriatzky, dama de honra da czarina. Também foi um dos escritores que influenciou as obras de Machado de Assis.
Viagem em volta do meu quarto foi publicado pela primeira vez no final do século XVIII. O autor estava em prisão domiciliar e resolve fazer da escrita do texto uma oportunidade de viagem. Especulativa, mas bem humorada, a antiépica narrativa criada por Xavier de Maistre é um grande passeio pela alma do narrador.
O individualismo nascente, imposições políticas da época, pois a Revolução Francesa era um fato recente e a família nobre do autor sofreu as consequências daquele momento, as discussões filosóficas, mulheres… tudo é tema para reflexão enquanto Xavier de Maistre olha para as quatro paredes do seu quarto.
O tom geral é bastante irônico, mas a exploração psicológica da consciência, juntamente com um estilo que cria digressões intermináveis aparentemente sem objetivo, aproximam-no de outros autores que o influenciaram.
Seu outro livro, Expedição noturna em volta do meu quarto só foi publicado no começo do século XIX, agregando-se ao primeiro texto, Viagem em volta do meu quarto, continuando a mesma proposta daquele tema. Segue-se o mesmo modelo, a narrativa parte do confinamento do quarto, embora, desta vez, sem as implicações policiais, para um passeio pelas paisagens pessoais do narrador, ainda que neste texto a visão do céu e de uma sua vizinha motive boa parte da narrativa.
Como seria bom se, depois desta quarentena, nas editoras chovessem originais, pedindo pela publicação! Tenho certeza que a literatura sairá ganhando depois do confinamento!
O livro foi publicado em diversas traduções pelo mundo todo, tendo tiragens e mais tiragens. Esta, por exemplo, é uma delas.
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