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Usar ou não usar a Cloroquina, eis a questão!

Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25) que decidiu interromper os estudos com hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. A decisão veio após estudo publicado na semana passada, apontando a ineficácia do medicamento e no aumento de riscos à vida dos pacientes.

Em artigo publicado no The Lancet e assinado pelos pesquisadores Mandeep R. Mehra (Brigham and Women’s Hospital Heart and Vascular Center e Harvard Medical School, EUA), Sapan S. Desai (Surgisphere Corporation, EUA), Frank Ruschitzka (University Heart Center, Suíça) e Amit N. Patel (University of Utah e HCA Research Institute, EUA, é relatado que nenhuma evidência de benefício para a saúde ao utilizar a cloroquina e a hidroxicloroquina, com ou sem macrolídeo, no tratamento com COVID-19. O estudo observou 15.000 pacientes com COVID-19 e 81.000 controles.

Segundo os pesquisadores, as descobertas aumentam os relatos de que esses medicamentos estão relacionados a maiores das taxas de mortalidade e arritmias cardíacas entre pacientes hospitalares com COVID-19. Os autores sugerem que este regime medicamentoso não deve ser usado para tratar o COVID-19 fora dos ensaios clínicos e é necessário confirmar os ensaios clínicos randomizados.

O artigo mencionado pode ser lido no link : Hidroxicloroquina ou cloroquina com ou sem macrolídeo para tratamento de COVID-19: uma análise de registro multinacional que a The Lancet publicou no dia 22 de maio de 2020.

A publicação destes dados fez com que a OMS interrompesse uma parte do teste Solidarity, conduzido em 10 países, que visava determinar a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a Covid-19. A organização afirma que continuará experimentando outras drogas do experimento, incluindo o Remdesivir (criado para uso contra Ebola), o Lopinavir/Ritonavir (utilizado contra o HIV) e o Interferon beta-1ª (usado para tratar esclerose múltipla).

A OMS também reforça que a interrupção dos testes com a hidroxicloroquina não significa que ela não é segura para o tratamento de outras doenças para os quais ela já era recomendada, como malária e lúpus. Para essas condições, a organização continua recomendando o remédio normalmente.

Assim definido, para a OMS, por enquanto, nada de cloroquina ou hidroxicloroquina para a Covid-19.


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