Notícias divulgadas por cabos eleitorais em grupo do Whatsapp, aplaudindo ações de parlamentares destinando verba para hospital, levou-me a uma pesquisa na internet com o termo: brasileiro paga impostos e recebe esmolas em retorno 2020
Reduzir essa carga de impostos, segundo Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo, não está na mira de governantes e congressistas nesse momento. “Mesmo arrecadando muito, os governos gastam muito. Esse valor de R$ 100 bilhões (arrecadado em impostos em Janiro/2020), por exemplo, é equivalente ao déficit público esperado para 2019”,
A ACSP trata com atenção a matéria na publicação de ontem, dia 1 de junho: Brasileiro trabalhou 151 dias em 2020 somente para pagar tributos do site especializado em Impostos o Impostômetro comenta que “este ano, o brasileiro trabalhou até o dia 30 de maio para pagar impostos, afirma o presidente executivo do IBPT e um dos coordenadores do estudo, João Eloi Olenike“.
Segundo a publicação da Associação Comercial de São Paulo, “houve crescimento frente aos outros anos, e uma das razões foi o aumento no número de tributos a partir do ano de 2015. No ano de 2001, eram necessários 130 dias de trabalho para pagar os tributos todos. Hoje, são precisos 151 dias, um crescimento de 16%“.
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que todos os tributos somados (federais, estaduais e municipais) equivalem a 41% do salário do brasileiro.
Veja em tempo real quanto já foi pago em impostos federais, estaduais e municipais aqui em Alfredo Wagner, em Santa Catarina e no Brasil:
Zero Hora, jornal gaúcho, em 2014, na reportagem especial sobre o Pacto Federativo com o título sugestivo: Por que você paga tanto imposto e recebe tão pouco de volta, apresenta como fica o retorno dos impostos pelo Brasil: “68% de todos os tributos arrecadados no Brasil (nada menos que R$ 1,7 trilhão em 2013) vão direto para o governo federal, que todo mês redistribui um percentual para os Estados e municípios. No fim das contas, acaba assim: 58% da arrecadação fica em Brasília, 24% nos Estados e 18% nos municípios“.
Hoje a realidade não é diferente, embora o Coronavírus obrigou ao Governo Federal a uma distribuição maior da fatia monetária arrecadada e congelar a arrecadação de muitos tributos.
Ricardo Amorim, em artigo Cadê o dinheiro de nossos impostos? se pergunta: “Até quando nós, brasileiros, vamos pagar impostos de países ricos e receber serviços públicos de países pobres? Os impostos aqui são padrão FIFA, já os serviços públicos…”
A próxima campanha eleitoral para as eleições 2020, mesmo sem ser confirmada, já começou e a classe política, ansiosa, distribui emendas e valores numa disputa acirrada para convencer o eleitor que o seu partido é o dono do dinheiro e tem cacife para distribuir onde quiser…
O eleitor, é claro, ficará obrigado a dar seu voto em quem der o dinheiro, caso contrário será considerado um ingrato que cospe na mão que o sustenta…
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