A imprensa no Brasil tem destacado o aumento nas candidaturas destes três segmentos da sociedade. As próximas eleições mudarão o visual político brasileiro.
Há já algum tempo a candidatura de mulheres tem sido incentivada e apoiada, tendo inclusive, cota para forçar os partidos a dedicar um mínimo de vagas para o sexo feminino. Mais recentemente, houve um incentivo para que se aumentem o número de candidatos da etnia negra, muitas vezes, pouco representada nas urnas.
Estas eleições poderão mudar o rumo do futuro no Brasil pelos próximos anos, marcando a entrada de novos elementos, ainda desligados dos cabrestos político-partidários.
Hoje, a mídia destaca a Geração Z, e mais especificamente, os nascidos neste século, como sendo uma provável revelação nas urnas de 15 de Novembro.
O que é esta geração?
A Geração Z é a definida por sociólogos como a geração de pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010. A grande característica dessa geração é zapear, tendo várias opções, entre canais de televisão, internet, vídeo game e smartphones.
Embora o mundo aparente estabilidade, esta geração enfrenta muitas dificuldades. Ela enfrenta o que economistas chamam de Grande Recessão, e viveram 5 meses confinados devido a Grande Pandemia, fortalecendo ainda mais os laços com o mundo digital.
Esta geração sai do confinamento com sentimentos de insatisfação e insegurança quanto à realidade atual e ao futuro da economia e da política, sendo confrontada com a diferença de renda cada vez maior em todo o mundo, vendo a classe média encolhendo cada vez mais, em consequência, aumentando os níveis de estresse nas famílias.
O posicionamento crítico soma-se à insatisfação e insegurança, favorecendo o ativismo político, de início como um experimento, mas poderão superar os políticos mais velhos devido a seus conhecimentos tecnológicos.
Conversei com um destes jovens, na ocasião era pré-candidato, e pude avaliar o potencial que a juventude pode trazer em termos de avanço ao sistema democrático.
Acostumados aos relacionamentos digitais, cuja característica é a agilidade e rapidez, a geração Z poderá fazer a diferença nos próximos anos. Resta saber se os velhos políticos, acostumados aos acordos de bastidores e acertos longe dos olhos da população, conseguirão domesticar a Geração Z e torná-la dócil aos seus comandos.
Esperamos que não. A Geração Z está apenas começando a sua atuação política, e o Brasil do futuro é dependente de como ela reagirá a esta iniciação!
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