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Carlos Moisés e o eleitor catarinense

O Governador Carlos Moisés vai chegando ao final de seu mandato com uma extensa ficha de serviços prestados a Santa Catarina e tendo seu nome cobiçado por diversas siglas partidárias. Nunca, na história política deste Estado, um político foi tão cobiçado por grandes partidos e cortejado por políticos de longa data.

Carlos Moisés poderá decidir o que fazer de seu futuro político. A resistência que enfrentou no primeiro turno, com políticos experientes se manifestando contrário a seu nome, deu lugar a admiração por uma gestão íntegra e de resultados.

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Alfredo Wagner, por exemplo, foi um município que acreditou no potencial de Carlos Moisés e ofereceu 3.645 de votos, totalizando 61,51% contra 38,49 dos votos válidos ou 2.281 votos para Gelson Merísio.

Como afirmou durante entrevista para o site Engeplus em 2020, Carlos Moisés gastou o primeiro ano colocando a casa em ordem: “Durante o primeiro ano de governo nos dedicamos a fazer a gestão financeira do Estado e arrumar a casa. Alguns diziam que iríamos atrasar a folha, que não teríamos condições de investir. É a torcida do contra, que de vez em quando aparece para atrapalhar. Mas tratamos de economizar recursos, rever contratos e colocar as contas em dia em uma força-tarefa que gerou o melhor resultado da década na prestação de contas do TCE. Saímos de um déficit de R$ 2,5 bilhões para um superávit no final de 2019, pagamos a dívida quase bilionária da saúde, enxugamos secretarias, extinguimos as ADRs, reduzimos o custo com processos impressos em pelo menos R$ 40 milhões, reduzimos gastos do Estado com combustível.

O governador acrescenta que “a Reforma Administrativa gerou uma economia de R$ 366,3 milhões ao ano. Hoje é muito claro que tudo isso deixou o Estado muito mais preparado para enfrentar a pandemia. Mas tomamos as medidas certas na hora certa e isso nos permitiu iniciar a retomada das atividades poucas semanas após a parada e nossa economia já começa a dar sinais de retomada.

E para este ano, como está o panorama eleitoral?

Em julho do ano passado, o Instituto Paraná Pesquisas apontou que o governador Carlos Moisés (sem partido) tinha 24,2% das intenções de voto num cenário estimulado, enquanto o senador Jorginho Mello (PL-SC) obteve 16,1%. Esta pesquisa, embora seja antiga, demonstra o potencial eleitoral de Carlos Moisés, entretanto, o governador poderá não ter apoio da base de Bolsonaro, que foi fundamental para sua eleição em 2018 e segundo constava à época, o presidente pretendia apoiar Jorginho Mello.

A nova geração de políticos, eleitos em 2018 com a promessa de gestão sem política, enfrentou diversos problemas e tentativas de impeachment, não apenas o Governador Carlos Moisés. Porém, de todos, o político mais cobiçado atualmente é sem dúvida o Governador de Santa Catarina.

Até as eleições, muita água correrá por debaixo da ponte da política catarinense, e tudo poderá mudar. Veremos se Carlos Moisés tem força para se manter à tona neste mar agitado que é a política brasileira e especialmente a de Santa Catarina.


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