Agricultura Análise Política Notícias Seus direitos

A Terceira Guerra Mundial começou? O que isso afetará a vida do brasileiro?

A pandemia nem bem acabou deixando 5.907.714 mortos no mundo e Putin provavelmente será o estopim para a terceira grande guerra mundial, que poderá aumentar ainda mais este número.

Os analistas internacionais consideram injustificáveis as desculpas dadas pelo governo russo para a ação armada contra a Ucrânia.

-
Faça uma doação para a manutenção do portal de notícias
Jornal Alfredo Wagner Online
https://jornalaw.com.br/doacao/

Ao todo, cerca de 190.000 soldados russos estão mobilizados, segundo os Estados Unidos. “É oito a dez vezes maior do que o que eles implantaram em 2014-2015 para a Crimeia e para desestabilizar o Donbass“, explica Igor Delanoë, vice-diretor do observatório franco-russo em Moscou. Além disso, entre 10 e 15.000 combatentes das milícias Donbass são mobilizados como reforços, especifica o especialista.

É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Começaram a copiar modelos estrangeiros que não faziam parte de sua cultura”, disse Putin na Assembleia Federal onde foi pedir apoio para a ação contra a Ucrânia.

Para o líder russo, o país do Leste Europeu é uma “marionete dos EUA” e que, junto à Otan, transformaram a Ucrânia em um teatro de guerra.
Vamos começar com o fato de que a Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente, pelos bolcheviques, a Rússia comunista. Esse processo começou quase imediatamente após a revolução de 1917”, completou demonstrando a superficialidade de seus argumentos para oficializar uma agressão desta monta.

A Ucrânia foi uma das responsáveis pela derrocada da União Soviética, quando em 1961 declarou sua independência. Desmantelada a URSS, o campo ficou aberto para a expansão da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte.

A CNN resume essa situação: “Putin indicou que vê a expansão da Otan como uma ameaça existencial, e a perspectiva de a Ucrânia se juntar à aliança militar ocidental um “ato hostil”. Em entrevistas e discursos, ele enfatizou sua visão de que a Ucrânia faz parte da Rússia, cultural, linguística e politicamente. Enquanto parte da população de língua russa no leste da Ucrânia sente o mesmo, uma população de língua ucraniana mais nacionalista no oeste tem historicamente apoiado uma maior integração com a Europa“.

O presidente da Ucrânia Zelensky subestimou repetidamente o perigo de uma invasão russa, argumentando que a ameaça existe há anos e não se tornou maior nos últimos meses. Este clima otimista, persistiu por algum tempo, onde os ucranianos continuaram realizando seus negócios diários, apesar das advertências internacionais e de governos estrangeiros retirarem seus funcionários diplomáticos da capital, mas culminou com os ataques nesta madrugada.

Estados Unidos, Otan e demais países europeus estão com tropas nas proximidades. Com certeza, esperarão a Rússia consumir as forças ucranianas até a exaustão, se a fome russa não saciar… usarão as forças próximas para intervir.

Horas após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concedeu uma entrevista coletiva liberando o uso de armas para “defender o território“. Ele pediu doação de sangue e afirmou que todos que estivessem preparados para defender o país deveriam se apresentar às forças militares. Veja algumas das principais frases.

Não temos oponentes políticos agora. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso e defendemos nossa liberdade… Nós temos armas defensivas para defender nossa soberania… Qualquer pessoa, esteja pronta para defender seu Estado em praças ou cidades
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

Brasil tem posição ambígua diante de ataques e parece ficar neutro

O Itamaraty, menos de uma semana depois da visita do Presidente Jair Bolsonaro ao presidente Vladimir Putin, em Moscou, fez um apelo para que o direito internacional e a Carta da ONU sejam preservados, diante da decisão do Kremlin de reconhecer as regiões separatistas da Ucrânia e de enviar “tropas de paz”.

A Diplomacia brasileira evita atacar diretamente o chefe russo e não fala em sanções contra a Rússia.

Não foi a toa que Bolsonaro visitou a Rússia uma semana antes dos ataques contra a Ucrânia. Putin precisava garantir o fornecimento de alimentos durante o período em que vigorem as sanções da União Europeia e Estados Unidos.  A produção agrícola e pecuária russa estagnada por causa do longo inverno, não poderá alimentar a população durante uma guerra demorada. Era primordial garantir o acesso de alimentos baratos (se você acha que o Brasil vai vender caro essa comida, está redondamente enganado…) até a situação se normalizar.

Ou seja, no Brasil haverá aumento de preços em decorrência da guerra. Nós pagaremos caro para que Putin tenha alimento barato para manter sua guerra acesa.