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Sociedade entre pais e filhos

Parceria nos negócios envolve tolerância e amor

A importância da figura paterna no núcleo familiar é comemorada há mais de quatro mil anos, com registro do que seria o primeiro cartão de Dia dos Pais, esculpido em argila, encontrado na Babilônia. A tradição vem atravessando gerações – e civilizações – e todo segundo domingo de agosto, no Brasil, é destinado a agradecer a existência desses importantes personagens e desejar votos de vida longa e saúde.

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Algumas relações entre pais e filhos são de tanta afinidade e proximidade que acabam se tornando, também uma sociedade no mundo dos negócios. A parceria, além de fortalecer os laços, gera empregos e movimenta a economia do país. Empresas familiares, geralmente micro ou pequenas, são responsáveis por 62% dos empregos gerados e 27% do PIB nacional, segundo dados do Mapa das Empresas do Ministério da Economia. 

A seguir, histórias inspiradoras de pais que são sócios dos filhos no mundo das franquias:

“Eu sou o drone e o meu filho é o gestor”

Pai de quatro filhos, o médico José Antonio Yabar Sanchez, de Tangará da Serra, Mato Grosso, abraçou a ideia de Piero Yabar Sanchez, um dos seus filhos, de ter uma escola. As dúvidas, no começo, eram inúmeras, pois a dupla não tinha a mínima ideia de como e por onde começar. As pesquisas levaram pai e filho a acharem no modelo de negócio da franquia uma boa pedida para realizarem o sonho de empreender. 

Depois de muitas pesquisas, Piero conheceu o Instituto Gourmet – maior rede nacional de franquia especializada em cursos profissionalizantes na área da gastronomia no Brasil – que parecia se encaixar no que estavam buscando. Tomaram a decisão de forma conjunta e complementar, cada um com o seu jeito próprio de ser – incluindo as teimosias de ambos – fazendo a sociedade deslanchar, com muita dedicação, carinho e respeito entre os dois.

O meu papel na empresa é o de um drone, vendo tudo do alto; o do meu filho é o de gestor”, conclui o orgulhoso pai.

Pai e filho, sócios e parceiros 

Dizem que filho de peixe, peixinho é. O publicitário Hugo Silva Santos Junior, 63 anos, se surpreendeu quando um dos seus filhos, Hugo Silva Santos Neto (Hugo Neto), lhe propôs que abrissem uma franquia juntos. “Estava aposentado, não pensava mais em trabalhar, fiquei cinco anos aproveitando a ‘juventude’ e recusando propostas de trabalho”, diz Hugo Júnior, o pai. “Aí surgiu uma oportunidade em uma escola de programação e robótica, na área de marketing e comercial e eu a encaminhei para o meu filho, mas ele me respondeu: ‘por que não compramos uma franquia e você volta a trabalhar?’”.

Depois de muita conversa em família, decidiram abrir, juntamente com um sobrinho de Hugo Júnior, uma unidade da franquia SuperGeeks – primeira escola de programação e tecnologia, com cursos que podem ser feitos a partir dos cinco anos de idade. Na franquia, que fica na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a funções são perfeitamente delimitadas, de acordo com o ponto forte de cada um: Hugo Neto, o filho, atua na área de administração e marketing; o pai, na área comercial (parcerias, contratos e gestão de leads) e de gestão do cotidiano da escola.

Sobre qual o maior desafio em ser sócio do filho, Hugo Júnior é enfático: não levar problemas de trabalho para a relação em família.  “Em hipótese alguma podemos confundir comportamentos ou atitudes profissionais com as relações pessoais. Porém, pela nossa trajetória profissional distinguimos bem isso. Podemos discordar no trabalho. Mas, nada poderá atrapalhar o nosso convívio pessoal e familiar. E vice-versa”, relata.

O empresário conclui dizendo que confiar no trabalho do filho e acompanhar a sua evolução diária como executivo de primeira linha, é um privilégio para poucos.

Conflito de gerações

Edson Miyazaki, 67 anos, não hesitou quando o filho, Allison Miyazaki, sugeriu que investissem num negócio próprio. Como estava aposentado e com bastante tempo livre, estava em busca de uma ocupação e a ideia de abrir uma franquia veio bem a calhar. A escolhida foi a SuperGeeks, onde poderiam unir as experiências e know-how.

Usando a experiência adquirida em muitos anos de trabalho em uma indústria automobilística, Edson é responsável pela parte administrativa do negócio; Allison cuida de toda a parte comercial e pedagógica.

Os desafios, para ambos, são constantes, envolvendo conflitos de gerações. Como nenhum dos dois tinha tido experiência como empreendedor, tiveram que aprender juntos, principalmente a entender o ritmo, bastante diferente, de cada um.

Allison se orgulha da dedicação do pai no negócio e, apesar de terem perfis divergentes, tentam evitar que isso se reflita na relação fora da empresa. “Ainda estamos aprendendo como separar isso” conclui o filho.

Serviço:

Instituto Gourmet: https://institutogourmet.com/

SuperGeeks: https://supergeeks.com.br/ 

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