Sete em cada onze mulheres teriam mudado planejamento familiar se tivessem recebido algum tipo de aviso
Em um mundo onde cada vez mais mulheres escolhem o caminho da carreira profissional, o planejamento familiar e a maternidade ficam para depois. Enquanto a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu de 51,6% para 54,5%, entre 2012 e 2019, no Brasil, o número de mães com 30 anos ou mais, na ocasião do parto, aumentou de 30% para 38%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A crescente infertilidade como consequência dessa evolução é um assunto pouco discutido e muitas vezes desconhecido para as próprias mulheres. Hoje, um em cada seis casais brasileiros busca uma gravidez por mais de 12 meses de tentativas, sendo considerado, assim, um caso de infertilidade.
Esse número tende a aumentar com o adiamento do planejamento familiar. A redução rápida da quantidade média de folículos na reserva ovariana, de 50.000 para 8.000, entre os 30 e 40 anos, e da concentração de espermatozoides, de 86 milhões por ml para 48 milhões, entre 1995 e 2015, conforme constatado em um estudo da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), fazem com que a chance de gravidez caia de 25% para 5%, aos 40 anos de idade da mulher.
Segundo um estudo feito pela Famivita, quase metade das brasileiras abaixo de 30 anos, no Brasil, não sabe dessa redução de chances e, entre as que acabam enfrentando dificuldades para engravidar mais tarde, 70% não receberam nenhum tipo de informação sobre sua fertilidade pessoal pelo médico. Sete em cada onze mulheres teriam mudado seu planejamento familiar se tivessem recebido algum tipo de aviso.
Tendo em vista ser essencial a conscientização da sociedade, referente à capacidade reprodutiva, a Famivita desenvolveu e lançou cursos em vídeo, contemplando os mais importantes assuntos de fertilidade, com especialistas em reprodução humana. Mulheres e casais que pretendem engravidar, agora ou no futuro, conseguem se informar acerca dos impactos do seu estilo de vida ou o papel do homem no processo, decidindo melhor quando é preciso tomar qual atitude ou fazer um check-up, por exemplo, para contornar eventuais problemas.
Oziella Inocêncio
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