São praticamente duas mãos cheias de sinais de alerta a que deve estar muito atento.
“Neste momento, a XBB.1.5 [uma junção das variantes BJ.1 e BA.2.75] é provavelmente mais perigosa do que as variantes que circulam na China“, disse, em declarações ao jornal La Vanguardia, Julià Blanco, líder do grupo de virologia e imunologia celular do Instituto IrsiCaixa.
Descoberta em agosto, na Índia, esta nova variante pertence à família da Ômicron. Tem sido apontada como a responsável por um aumento expressivo de novos casos, assim como de internamentos, por todo o mundo, sobretudo em grupos mais vulneráveis, como os idosos. Especialistas norte-americanos dizem, inclusive, que a XBB.1.5 tem uma capacidade de propagação muito superior às restantes estirpes identificadas até ao momento.
Como tal, eis alguns sinais de alerta a que deve estar especialmente atento, de acordo com a Zoe Covid Study, aplicativo para smartphone lançado pela startup Zoe Limited e o King’s College de Londres:
1- Dor de garganta;
2- Pingo no nariz;
3- Nariz congestionado;
4- Espirros;
5- Tosse seca ou com expectoração;
6- Dor de cabeça;
7- Rouquidão;
8- Dores musculares;
9- Anosmia (perda total ou parcial do olfato).
Identificada a variante XBB no Brasil
A rede de saúde integrada Dasa informou ter identificado o primeiro caso da subvariante da Ômicron XBB.1.5 no Brasil. O caso foi identificado em amostra de uma paciente de Indaiatuba, no interior de São Paulo. A amostra teria sido coletada em novembro do ano passado.
Segundo a Dasa, o caso já foi comunicado ao Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, e a amostra se encontra no Gisaid, o repositório mundial de sequenciamento.
Segundo a epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, a subvariante XBB.1.5 é a versão mais transmissível da covid-19 identificada no mundo até agora.
A epidemiologista disse que a subvariante já foi identificada em 29 países e pode estar circulando em outros locais sem ter sido detectada. “Esperamos mais ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em mais ondas de morte porque nossas contramedidas continuam funcionando.”
Especialistas brasileiros têm demonstrado preocupação com a chegada dessa subvariante que, além de mais transmissível, parece também escapar parcialmente das defesas, embora, até este momento, não haja indicação de que provoque doença mais grave do que já é conhecido, até agora, das Ômicrons. Eles recomendam que a população continue a usar máscaras de proteção e complete o esquema vacinal contra a covid-19, que protege principalmente contra formas graves da doença.
A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo para obter mais informações sobre a identificação deste caso em Indaiatuba, mas, até o momento, não obteve retorno.
Descubra mais sobre Jornal Alfredo Wagner Online
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.