Para que o excesso de álcool e outras drogas não estrague a festa, é preciso moderar o consumo e estar atento
O carnaval sempre foi sinônimo de extravasar, esquecer dos problemas e brincar nas avenidas, nos trios e blocos de rua. Esses momentos são muito importantes para a saúde mental, mas desde que haja responsabilidade na diversão. Para Livia Castelo Branco e Lara Cannone, psiquiatra e psicóloga da Holiste Psiquiatria, há, principalmente por parte dos foliões mais jovens, uma grande expectativa em relação às festas, mas também ao consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias, sem se atentar para os riscos deste comportamento.
“É comum que depois, muitos contem com orgulho o quanto beberam, quantos beijaram e o quão “loucos” ficaram. As vivências são importantes para a construção da personalidade, da história de vida e como passagem para novas fases de amadurecimento, mas muitas vezes os resultados geram intenso sofrimento. Por conta disso, para aproveitar tamanha liberdade, é preciso ter alguns limites, como moderar o consumo de substâncias, mas também dar suporte aos amigos que beberam demais e podem estar mais vulneráveis a golpes e outras situações de risco“, esclarece Livia.
Folia coletiva, responsabilidade coletiva
O alto consumo de álcool, por exemplo, pode gerar euforia, desinibição, irritabilidade e redução da noção de perigo – um importante sintoma que não deve ser menosprezado, já que a pessoa pode se colocar em situações de perigo físico e emocional eminentes. Já o uso de outras drogas pode gerar paranoia e agressividade, além do risco de quedas e problemas físicos, como intoxicação, alertam.
O carnaval é uma festa que acontece em uma multidão; é uma responsabilidade coletiva estar atento aos cuidados consigo mesmo e com os outros. “Isso vale para identificar se um amigo passou do ponto, se estamos sofrendo abuso ou, até mesmo, sendo abusivo com alguém. Daí a importância de campanhas como a “não é não”. Se alguém nega uma investida, verbalmente ou não, é a hora de parar. Principalmente os sinais corporais devem ser levados em consideração para ajudar pessoas que possam estar passando por alguma situação de assédio ou outros crimes“, alerta Lara.
Alguns sinais importantes que ajudam a identificar se uma pessoa está sendo constrangida, coagida ou mesmo desconfortável durante uma abordagem nos blocos de carnaval, são:
- A pessoa está em condições para decidir ou o uso de alguma substância está prejudicando droga o seu senso de consciência?
- A pessoa está se esquivando, demonstra constrangimento e desconforto?
- Há algum tipo de imobilização (encurralar na parede, segurar pela cabeça/cabelo)?
Não importa se é um casal com relacionamento anterior ao carnaval ou se acabaram de se conhecer, o não é válido da mesma forma. “Estar atento a essa questão é uma forma de se divertir de verdade, preservar a integridade alheia e se proteger de situações danosas. A diversão só é saudável se de fato todos estiverem se divertindo“, finaliza Livia.
Sobre a Holiste
A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, criada há 20 anos pelo médico psiquiatra, Dr. Luiz Fernando Pedroso, sediada em Salvador, Bahia, com atendimento nacional. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos), dispondo sempre de estrutura e tecnologia de ponta.
A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site www.holiste.com.br.
Adriana Fernandes
Direção de Atendimento
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