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A menina, Fátima e o chocolate

Ela era muito pequena. Naqueles tempos, bem nas primeiras décadas do século passado, era comum padrinhos e tios levarem aos afilhados algum presentinho de lembrança.

Qualquer coisa era uma verdadeira alegria para quem vivia nos campos da Serra de Santa Catarina.

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O trabalho árduo que se iniciava logo cedo (as crianças aprendiam a trabalhar brincando) era reforçado por uma comida forte e saborosa, própria para quem trabalha no campo.

As primeiras letras, em geral naquela época, eram aprendidas com a ajuda do pai, da mãe ou de alguma tia ou avó e era suficiente para rezar no livrinho de orações na hora do terço em casa ou na capela.

Ah! A oração! Aquela vida dura tinha este momento encantador: o encontro com o céu pelas contas do rosário. Embora se pedissem pelos sofrimentos diários, era um momento de repouso junto aos braços de Nossa Senhora!

Como eram cristãos os povos antigos!!! A religião fazia parte de suas vidas como o ar que respiravam. E lhes fazia tão bem!!!

E, assim, um dia o tio da menina do título deste artigo, chegou para uma visita e disse a ela: O quê você prefere? Uma barra de chocolate ou uma imagezinha de Nossa Senhora?

Que tentador para uma criança: a barra de chocolate era um item muito raro na época. Uma doçura que não poderia ser recusada! Mas como eu disse, naquela época a religião importava e a menina nem titubeou: “Quero a imagem!”

Ela cresceu e a imagem, simples, até mesmo muito simples, a acompanhou por toda a vida. Ela viu a menina casar-se, criar os 11 filhos, e chegar aos seus últimos dias.

Orações e mais orações presenciou nas quais, a menina, agora mulher e senhora, pedia a Nossa Senhora por sua família abençoada.

Hoje, esta imagenzinha está em minha casa como herança abençoada que continuará para sempre!

Quem era a menina? Pertencia a uma das famílias mais antigas de Alfredo Wagner, que veio para cá nos tempos da Colônia Militar Santa Teresa. Nilza Kalbusch casou-se com Elias Maffei e faleceu em 2019.

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