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Dólar sobe: após o feriado valor é ajustado a dados de inflação dos EUA

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar subia moderadamente frente ao real nesta sexta-feira, conforme investidores se ajustavam a dados de inflação norte-americanos mais fortes do que o esperado da véspera, quando os mercados brasileiros estavam fechados para feriado.

Às 10:19 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,16%, a 5,0585 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,15%, a 5,0715 reais.

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“No Brasil, em dia de agenda econômica vazia, o mercado se ajusta à piora externa que se deu enquanto esteve fechado em função do feriado”, disse equipe da Guide Investimentos em relatório a clientes, citando temores de juros mais altos por mais tempo na esteira de dados de inflação dos Estados Unidos.

Os números de quinta-feira mostraram aumento de 0,4% nos preços ao consumidor dos EUA em setembro, incluindo avanços surpreendentes nos custos de aluguel e de gasolina, superando a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,3%.

Com o agravamento dos temores de juros mais altos por mais tempo na esteira dos dados, as ações globais caíram na quinta-feira, o dólar disparou e os rendimentos dos Treasuries avançaram.

Por outro lado, dados desta sexta-feira — ainda que não tão relevantes para o cenário de política monetária quanto os índices de inflação ao consumidor dos EUA — mostraram que os preços de importados nos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em setembro, uma vez que o dólar forte reduziu os preços dos produtos não derivados do petróleo. Isso, com o tempo, pode ajudar a diminuir a inflação interna.

No mercado internacional de câmbio, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes rondava a estabilidade.

Contribuindo para o clima cauteloso nesta sexta, dados abaixo do esperado da inflação chinesa, divulgados na madrugada, reforçaram temores sobre enfraquecimento da demanda no país, destacou Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.

Os preços ao consumidor da China vacilaram e os preços de fábrica encolheram um pouco mais do que o esperado em setembro, com ambos os indicadores mostrando pressões deflacionárias persistentes na segunda maior economia do mundo.

Na última sessão no mercado doméstico, na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0503 reais na venda, em baixa de 0,12%. No acumulado das últimas quatro sessões completas, a moeda teve queda de 2,30%, refletindo recuperação do apetite por risco global na esteira de comentários mais brandos de autoridades do Federal Reserve, que no entanto tiveram efeito apenas passageiro no humor do mercado.

Por Luana Maria Benedito

(Edição de Alberto Alerigi Jr. e Isabel Versiani)

Fonte: Reuters


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