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Carta aberta aos vereadores: Censura e rasteira na Justiça do Trabalho

Srs. Vereadores

Fui qualificado de “mau-carater” e “invejoso” pelo Vereador Sílvio José Althoff na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de segunda feira passada, dia 17 de junho, (veja o vídeo abaixo). Sem ter meu nome mencionado explicitamente, sua fala, contudo, deixa claro que era sobre este Jornalista que estavam falando. A reação do Vereador foi baseada nas informações prestadas pelo Pedro Jayme dos Santos que utilizou a tribuna pouco antes.

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O que é Esmoler…

A reação intempestiva do Presidente da Câmara e a malevolência das palavras do porta-voz da nova diretoria do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi decorrente de um artigo que publiquei intitulado: Hospital de Alfredo Wagner… de esmoler a empresa de sucesso, o quê fazer? que teve muita repercussão.

As palavras pronunciadas pelo Pedro Jayme dos Santos e pelo Vereador Silvio José Althof foi causada pelo fato destes dois Srs. desconhecerem a língua portuguesa:

Esmoler é quem pede esmola. Esmola e doação tem o mesmo significado, com uma pequena diferença: a esmola, feita com espírito cristão atrai bençãos para quem dá e quem recebe. A doação apenas ajuda.

Doação e esmola é o ato de oferecer a alguém menos favorecido um bem, um valor, etc.

Não há vergonha em ser Esmoler, em pedir esmola em favor próprio (se necessitado) ou em favor de alguém ou uma instituição. Ao sair pelas ruas do bairro Estreito aqui de Alfredo Wagner, para pedir ajuda para a Festa em prol do Hospital, eu sempre me despedia com a frase: “Deus lhe pague”, pois a esmola é uma das obras de caridade que nos abre o Céu… a doação não!!!

E mais, eu dizia no artigo, o Hospital NÃO PODE VIVER SÓ DE ESMOLAS. E não pode mesmo, tem que buscar outras formas de gerar dinheiro que o sustente.

O golpe na Justiça do Trabalho e nos direitos dos Trabalhadores

A “gana” de aproveitar uma chance para desacreditar o artigo devido aos inúmeros comentários recebidos, e assim calar a imprensa, o porta-voz da nova diretoria do Hospital, Pedro Jayme dos Santos, confessou que o dinheiro da Festa em prol do Hospital não seria depositado na conta da instituição mas sim na conta da Associação de Amigos pois o Hospital tem a conta bloqueada e tudo o que entra vai para o pagamento de dívidas trabalhistas.

Ou seja, o porta-voz e um dos integrantes da Diretoria do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro afirmou, em plena sessão da Câmara de Vereadores que vão passar uma rasteira na Justiça do Trabalho que julgou procedente o pedido de indenização de funcionária da Instituição.

A população exige que se investigue…

Afirmou, Perdro Jayme dos Santos, que o Hospital acumula também, entre encargos, dívidas trabalhistas, etc, quase 1 milhão e 400 mil reais. A atual diretoria recebeu esta divida acumulada das diretorias anteriores.

A população quer saber por que a imunidade e a proteção para quem conseguiu a façanha de acumular quase um milhão e quatrocentos mil em dívidas? Por quê ainda não foi feito uma auditoria nas contas do Hospital para verificar a lisura das administrações anteriores? Não há nada a temer se foi apenas a crise economica…

Calar a imprensa!

O objetivo da fala dos dois acima mencionados foi nitidamente um só: calar a imprensa, ameaçar com processo e B.Os para que a violência servisse de exemplo a todos aqueles que pedem explicações, esclarecimentos e discordam das versões dos fatos apresentados. Não se pode discordar, deve-se apenas obedecer e concordar.

 

Não vamos nos calar!

O que Pedro Jayme dos Santos e Silvio Althof não se deram conta é que: dívidas, principalmente as trabalhistas, serão cobradas com o rigor da lei e o Hospital poderá ter seus bens imóveis leiloados para quitá-las. O Hospital corre o risco de tudo perder!

Lembro a todos que há mais de 30 anos atrás uma médica ganhou uma causa trabalhista contra o Hospital que pagou tudo sem passar uma rasteira na Justiça do Trabalho.

O povo está desconfiado, mas a classe política não percebe

Ao pedir ajuda para a festa em prol do Hospital o que mais ouvi foi a desconfiança da população com a atual situação. Todos ajudaram, confiando em quem pedia a ajuda, mas desconfiados do destino final das prendas que estavam doando.

Há inúmeras maneiras de recuperar a “crise” hospitalar de Alfredo Wagner, mas nenhuma delas passa pela calúnia, pela censura da imprensa ou pela “rasteira” na justiça trabalhista e nos credores.

A liberdade de pensamento e de expressão deve ser salvaguardada e não cerceada ou censurada.

Mauro Frederico Demarchi

Jornalista MTE 0005225/SC